Modelo teve visual inspirado na F-150 e na Maverick, que virá ao Brasil em 2022 (Ford/Divulgação)
Gabriel Aguiar
Publicado em 24 de novembro de 2021 às 11h44.
Última atualização em 24 de novembro de 2021 às 14h18.
A nova Ford Ranger foi revelada nesta quarta-feira, 24, na Austrália. E o que isso tem a ver com o Brasil? Essa é exatamente a mesma picape que chegará ao país daqui dois anos, quando será produzida na fábrica de General Pacheco, na Argentina (de onde é importada atualmente). Como era previsto, o modelo se alinhou aos lançamentos mais recentes da marca, como F-150 e Maverick.
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É fácil identificar semelhanças da nova Ranger com as “irmãs”, principalmente na dianteira, que tem faróis maiores invadidos pela grade dianteira. E, ainda que não seja exatamente o mesmo visual, fica clara a inspiração no modelo que vazou meses antes do lançamento — e que, provavelmente, era um protótipo de estudos. Para laterais e traseira, as mudanças no desenho foram discretas.
Também há novidades na cabine, que recebeu quadro de instrumentos digital; central multimídia de 12 polegadas na vertical que utiliza o mesmo sistema do Mustang Mach-E (inclusive com comandos por voz e conexão à internet); e volante emprestado da picape Maverick. Na lista de tecnologias, há um aplicativo que permite acionar as travas das portas e o botão de partida pelo celular.
Por fim, o modelo recebeu uma série de equipamentos, como ar-condicionado bizona, que permite selecionar diferentes temperaturas para motorista e passageiro; sistema start-stop para economizar combustível; controle de descida em rampas; assistente automático de estacionamento; câmeras de 360°; e seletor de modos de condução que muda as configurações conforme o terreno.
Os motores 2.0 movidos a diesel serão oferecidos em configurações com um ou dois turbos — só que a marca não revelou os números de potência e torque. Por outro lado, o motor 3.2 de cinco cilindros que é utilizado pela versão topo de linha no mercado brasileiro será substituído pelo V6 3.0 a diesel emprestado da F-150. Por fim, haverá um 2.3 turbo como única opção movida a gasolina.
Enquanto a estratégia da Ford decidiu encerrar toda a produção nacional no início deste ano, dando fim a modelos como EcoSport e Ka no Brasil, os argentinos receberam investimento de 580 milhões de dólares para modernizar o complexo de General Pacheco — justamente onde é feita a Ranger — e aumentar o índice de nacionalização dos componentes, o que reduz a influência cambial.
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