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Usiminas vai focar no mercado interno para lucrar mais

Mineradora anunciou mudanças de estratégia para tentar crescimento mais robusto em 2014


	Funcionário da Usiminas: companhia reverteu prejuízo, mas ainda não acalmou investidores
 (Usiminas/EXAME.com)

Funcionário da Usiminas: companhia reverteu prejuízo, mas ainda não acalmou investidores (Usiminas/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2014 às 14h46.

São Paulo – A Usiminas vai se voltar para o mercado interno para tentar lucrar mais nos próximos anos. Foi o que afirmou Julian Egurén, presidente executivo da Usiminas, em teleconferência para investidores nesta sexta-feira. 

“Boa parte das nossas dificuldades vieram da desvalorização do real, que caiu 15% ao longo de 2013”, afirmou Julian Egurén, presidente executivo da empresa, em teleconferência para investidores. 

Nesta semana a Usiminas anunciou que conseguiu reverter o primeiro prejuízo anual em mais de uma década, que ocorreu no ano passado, registrando lucro líquido de 17 milhões de reais.

O valor, porém, veio muito abaixo do esperado pelos analistas, que estimavam lucros de ao menos 100 milhões de reais. Como resultado, a mineradora liderou as quedas na bolsa de valores nesta manhã.

O Ebitda ajustado teve um aumento de 126%, chegando a 1,8 bilhões de reais.

Ainda assim, o pequeno lucro dará um respiro para a mineradora, que agora vai focar na administração das perdas que teve em 2012, tentando reduzir ainda mais, em primeiro lugar, a dívida bruta, que fechou 2013 em 6,9 bilhões de reais.

Apesar de grande, este número já é melhor que os 8 bilhões apresentados no fim do ano anterior.

Outra mudança de estratégia será focar na América Latina e nos Estados Unidos para exportações. “Para a Ásia enviaremos apenas o que temos no estoque”, afirmou Leite. Egurén, no entanto, afirmou que não descarta mudanças no planos caso boas oportunidades apareçam em outros lugares, inclusive de possíveis aquisições.

Além disso, a empresa vai focar em aumento da produtividade e eficiência operacional, o que já começou a ser feito no fim de 2013. “Iremos operar com a maximização do sistema industrial, utilizando nossas máquinas em potência total, para reduzirmos o número de equipamentos utilizados e, consequentemente, o custo de operação”, afirmou Sérgio Leite, vice-presidente de indústria.

Em 2013, as vendas de aço caíram 10% em relação a 2012, chegando a um total de 6,2 milhões de toneladas. Já as vendas de minério de ferro subiram 10%, batendo os 6,7 milhões de toneladas.

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