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Três poços da OGX em Tubarão Azul voltam ao normal em junho

A área produtora em mar da OGX tem enfrentado problemas operacionais, com redução de produção, nos últimos meses


	A produção em abril da OGX caiu 7,9 % ante março, sob impacto dos problemas operacionais em Tubarão Azul
 (Divulgação/OGX)

A produção em abril da OGX caiu 7,9 % ante março, sob impacto dos problemas operacionais em Tubarão Azul (Divulgação/OGX)

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Da Redação

Publicado em 10 de maio de 2013 às 17h03.

Rio de Janeiro/São Paulo - A petrolífera OGX, do grupo de Eike Batista, estima que os três poços do campo de Tubarão Azul, na bacia de Campos, voltarão a produzir normalmente ao final de junho.

A área produtora em mar da OGX tem enfrentado problemas operacionais, com redução de produção, nos últimos meses.

"Um poço está produzindo, no outro o reparo deverá estar concluído em meados de maio e depois começa o trabalho no terceiro poço...", disse o diretor financeiro e de Relações com Investidores, Roberto Monteiro, em teleconferência nesta sexta-feira para comentar o resultado divulgado na véspera.

A empresa registrou um prejuízo líquido de 804,6 milhões de reais no primeiro trimestre, quase três vezes superior ao registrado no mesmo período do ano anterior, por conta de despesas bilionárias com poços secos.

Os problemas operacionais em Tubarão Azul foram registrados a partir de março, e tiveram algum impacto no balanço.

A produção em abril da OGX caiu 7,9 % ante março, sob impacto dos problemas operacionais em Tubarão Azul.

Os reparos no poço OGX-68HP, de Tubarão Azul, terminam em meados de maio, disse o executivo, e depois será iniciado o trabalho no poço TBAZ-1HP, que deve estar concluído em junho.

O poço OGX26HP, que parou por dois dias no mês de março devido a uma instabilidade na geração elétrica da plataforma OSX-1, está operando normalmente, segundo apresentação divulgada aos investidores nesta sexta-feira.

Os executivos também falaram que a companhia ainda não tem uma decisão sobre a viabilidade econômica para a instalação de um quarto poço em Tubarão Azul, e mais estudos são necessários.

Segundo a OGX, a estrutura carbonática de Tubarão Azul, tipicamente menos propícia para a produção do que uma área arenosa como Tubarão Martelo, está entre os fatores dos problemas operacionais no campo.


Tubarão Martelo

Sobre a área de Tubarão Martelo, que está no pacote com participação vendida à malaia Petronas , os executivos disseram que as atividades na região mostram índices de produtividade em linha com a expectativa.

Tubarão Martelo deverá começar a produzir ao final deste ano.

Os executivos indicaram ainda que a negociação com a Petronas, no valor de 850 milhões de dólares por uma participação de 40 % em dois blocos na bacia de Campos, dá fôlego para o caixa da companhia.

A OGX divulgou na véspera os termos do acordo, apontando que a maior parte dos recursos da venda só será recebida quando a produção começar.

O negócio foi saudado por analistas como uma injeção de caixa no curto prazo. No entanto, de acordo com detalhes divulgados na quinta-feira, só uma parte menor será paga no fechamento financeiro, um montante de 250 milhões de dólares.

Os 600 milhões de dólares restantes serão depositados em nome da OGX em uma conta e serão liberados da seguinte forma: 500 milhões de dólares no primeiro óleo; 50 milhões de dólares com o atingimento de uma produção agregada de 40 mil barris de óleo equivalente por dia; 25 milhões de dólares com uma produção agregada de 50 mil barris; e 25 milhões de dólares com uma produção agregada de 60 mil barris.

Os executivos também reforçaram que a disponibilidade de Eike Batista de colocar 1 bilhão de dólares na companhia, se necessário, é um "fator de segurança".

Analistas disseram nesta sexta-feira que a petrolífera deverá exercer sua opção contra o acionista controlador, exigindo que ele injete os recursos na empresa, diante da deterioração do caixa da companhia para fazer frente aos investimentos.

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