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Oi deixa de cobrar tarifa mais cara para outras operadoras

A Oi vai deixar de cobrar tarifa diferenciada para ligações de outras operadoras e oferecer mais dados aos clientes, buscando ganhar fatia de mercado


	Logo da Oi: Oi implantou os novos pacotes para clientes pré-pagos nesta terça-feira
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Logo da Oi: Oi implantou os novos pacotes para clientes pré-pagos nesta terça-feira (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 3 de novembro de 2015 às 13h54.

Rio de Janeiro - A Oi vai deixar de cobrar tarifa diferenciada para ligações de outras operadoras e oferecer mais dados aos clientes, buscando ganhar fatia de mercado e juntando-se à TIM, que já anunciou estratégia parecida.

A Oi implantou os novos pacotes para clientes pré-pagos nesta terça-feira e vai colocar em operação para pós-pagos na segunda quinzena de novembro. Para aderir às novas tarifas, é preciso contratar os novos planos.

Além das novas tarifas, a Oi também terá campanha massiva de marketing durante as festas de fim de ano, com investimentos três vezes superiores aos do ano passado.

As ações da empresa subiam 4,7 por cento às 14h46, enquanto o Ibovespa tinha valorização de 3,8 por cento, em um amplo movimento de valorização após o feriado da véspera.

Na semana passada, a TIM anunciou que não vai mais cobrar tarifa distinta para chamadas feitas para operadoras diferentes. O movimento ocorre com o recuo da tarifa de interconexão (VUM), atualmente em 0,16 real, e que deve cair pra 0,10 real em fevereiro de 2016.

Segundo o diretor de varejo da Oi, Bernardo Winik, a medida vai reduzir a prática de múltiplos chips por usuário, algo comum no mercado pré-pago brasileiro.

"O nosso objetivo é ganhar participação de mercado. No médio prazo, o número de chips ativos vai cair", disse.

Os pacotes terão valores distintos para localidades onde a Oi tem menor fatia de mercado. A Oi é líder de mercado em Estados como Maranhão, Ceará e Pernambuco.

A base de telefonia celular pré-paga do Brasil tem encolhido há meses. Segundo dados mais recentes da Anatel, divulgados no início de outubro, o total de linhas celulares do país teve redução de 4,132 milhões de acessos entre maio e setembro. Em agosto apenas, o número de linhas pré-pagas caiu em 1,962 milhão ante julho, enquanto as pós-pagas tiveram incremento de 535,4 mil.

As tarifas cobradas nos novos planos -- que serão diários ou semanais -- chegam a ser 80 por cento mais baixas, mas sem impacto nos resultados financeiros, segundo Winik. Ele afirmou que a receita de pré -pago para ligações fora da rede da Oi é praticamente inexistente, devido ao uso de múltiplos chips pelos clientes.

Os novos pacotes da Oi também vão incluir oferta de dados maiores. Winik disse que o uso exponencial de aplicativos de mensagem e voz como WhatsApp mostra o não atendimento dos usuários pelas operadoras.

A Oi anunciou na sexta-feira tratativas com o fundo russo LetterOne para negociar por sete meses a injeção de capital de 4 bilhões de dólares na empresa para tentar viabilizar uma fusão com a TIM.

Apesar das negociações, a Oi não trabalhou com este cenário para elaborar a estratégia envolvendo as tarifas. "A gente trabalha com cenário de empresas concorrentes. Se a questão evoluir, a gente vai avaliar (a estratégia)", disse Winik, sem dar mais detalhes.

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