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Mercado de capitais está perto de reabrir, vê Bradesco BBI

Segundo executivo do Bradesco, o mercado de capitais está prestes a reabrir para empresas brasileiras, com investidores atentos ao ajuste fiscal


	Bradesco: "nos últimos meses, os investidores estrangeiros estavam completamente avessos a Brasil; agora estão monitorando mais de perto", disse executivo
 (Paulo Fridman/Bloomberg)

Bradesco: "nos últimos meses, os investidores estrangeiros estavam completamente avessos a Brasil; agora estão monitorando mais de perto", disse executivo (Paulo Fridman/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2015 às 16h50.

São Paulo - O mercado de capitais está prestes a reabrir para empresas brasileiras, com investidores estrangeiros atentos ao ajuste fiscal do país e aos preços mais atrativos devido à depreciação cambial, disse um executivo do Bradesco nesta terça-feira.

O Bradesco BBI, braço de banco de investimentos do Bradesco, está coordenando cerca de 20 bilhões de reais em emissões de instrumentos de renda fixa e ações, disse à Reuters o diretor-executivo adjunto do Bradesco, Renato Ejnisman, durante o Brazil Investment Forum, evento do Bradesco BBI.

"Nos últimos meses, os investidores estrangeiros estavam completamente avessos a Brasil; agora estão monitorando mais de perto", disse Ejnisman.

O executivo evitou citar operações específicas, mas o Bradesco BBI é um dos coordenadores da oferta subsequente de 15,8 bilhões de reais da Telefônica Brasil, que está em análise na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e também da oferta inicial de ações da FPC PAR Corretora de Seguros.

Segundo Ejnisman, mesmo com a conjuntura econômica desfavorável do país, alguns fatores podem permitir uma reativação rápida do mercado doméstico de capitais, após meses de volatilidade, entre elas a estabilização do câmbio e a aprovação do ajuste fiscal pelo Congresso.

De acordo com ele, o Bradesco BBI também está assessorando uma série de operações de fusões e aquisições envolvendo empresas brasileiras.

Entre os fatores que estão concorrendo para acelerar essas transações, disse ele, estão o interesse fundos de private equity internacionais, que estão bem capitalizados. O apetite desses investidores tem crescido com a recente depreciação do real.

"Os preços dos ativos brasileiros ficaram bem mais atrativos", afirmou o executivo.

Além disso, há empresas domésticas de infraestrutura planejando se desfazer de ativos para atender a necessidades mais emergenciais de caixa. Ejnisman também não mencionou nomes.

Na semana passada, o grupo de engenharia OAS teve aceito pela Justiça pedido de recuperação judicial. A companhia já avisou que venderá participação na Invepar, no Estaleiro Enseada, na OAS Empreendimentos, na OAS Soluções Ambientais, na OAS Óleo e Gás e na OAS Defesa e vender os estádios Fonte Nova, em Salvador, e a Arena das Dunas, em Natal.

Entre os grupos também recentemente pediram recuperação judicial, incluem Galvão Engenharia, Galvão participações e a Alumni, após terem tido a situação agravada pelo efeitos da Operação Lava Jato, que investiga um escândalo de corrupção envolvendo a Petrobras e grandes empreiteiras do país.

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