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Investigada na Lava Jato, Camargo Corrêa tem novo presidente

Artur Coutinho, ex-executivo da Embraer, assumirá o comando da construtora, que também ganhou uma diretoria de governança corporativa


	Camargo Correa: empreiteira é acusada de pagar propina a agentes públicos por meio de contratos com a Petrobras
 (Germano Lüders/EXAME)

Camargo Correa: empreiteira é acusada de pagar propina a agentes públicos por meio de contratos com a Petrobras (Germano Lüders/EXAME)

Luísa Melo

Luísa Melo

Publicado em 23 de junho de 2015 às 17h54.

São Paulo - A construtora Camargo Corrêa acaba de anunciar que seu novo diretor presidente será Artur Coutinho. A empresa também criou uma diretoria de governança corporativa para aprimorar seus programas de controle interno e transparência.

Coutinho trabalhou na Embraer por 28 anos, onde assumiu a liderança nas áreas de produção, serviços ao cliente, treinamento e qualidade e tecnologia. Ele chegou a ser nomeado vice-presidente executivo de operações da companhia.

Engenheiro formado pelo ITA (Instituto de Tecnologia da Aeronáutica) e mestre em administração pelo INPE (Instituto de Pesquisas Espaciais), o executivo também foi presidente da filial da empresa de aviação brasileira na América do Norte.

Já quem comandará a nova diretoria de governança corporativa da empreiteira será Flavio Rímoli, que também atuou na Embraer por 33 anos.

Ele é graduado em engenharia pela EEI (Escola de Engenharia industrial de São José dos Campos) e em Direito pela UNIVAP (Universidade do Vale do Paraíba) e fez cursos de pós-graduação no ITA, na Fundação Getúlio Vargas e no IMD (International Institute for Management and Development).

Em nota, a Camargo Corrêa diz que "a designação de uma nova liderança e a criação da diretoria de governança corporativa evidenciam o compromisso da construtora em adequar-se às melhores práticas de mercado e aos novos desafios impostos pelas transformações no modelo de desenvolvimento de negócios do setor de construção civil".

A empresa é investigada na Operação Lava Jato, acusada de pagar propina a agentes públicos por meio de contratos com a Petrobras. O ex-presidente do grupo, Dalton Avancini, chegou a ser preso, assim como outros ex-funcionários.

"Com apoio de especialistas externos, a empresa realiza permanente mapeamento de riscos para o constante aprimoramento de seus programas de controles internos (compliance) e para garantir a mobilização de seus integrantes na aplicação do código de conduta para atuação ética e responsável", completa o comunicado.

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