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Família Zaher se alia para controlar Estácio, diz fonte

A família, segunda maior acionista da Estácio Participações, assegurou empréstimos bancários e se aliou com um fundo soberano asiático, diz fonte


	Curso da Estácio: segundo a fonte, Bradesco e Santander Brasil ofereceram à TCA Investimentos, veículo de investimentos da família, financiamento necessário para a oferta
 (Ricardo Fasanello/EXAME.com)

Curso da Estácio: segundo a fonte, Bradesco e Santander Brasil ofereceram à TCA Investimentos, veículo de investimentos da família, financiamento necessário para a oferta (Ricardo Fasanello/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2016 às 19h09.

São Paulo -  A família Zaher, segunda maior acionista da Estácio Participações, assegurou empréstimos bancários e se aliou a um fundo soberano asiático para a oferta pelo controle da segunda maior empresa de educação superior privada do país, disse uma fonte com conhecimento direto do assunto nesta terça-feira.

Segundo a fonte, Bradesco e Santander Brasil ofereceram à TCA Investimentos, veículo de investimentos da família, financiamento necessário para a oferta.

Além do fundo asiático, outro investidor no Brasil também aceitou fazer parte da oferta dos Zaher, disse a fonte. O grupo liderado pela TCA apenas fará uma oferta pública se as propostas rivais pela Estácio apresentadas por Kroton Educacional e Ser Educacional não avaliarem a Estácio adequadamente, acrescentou a fonte.

Os Zaher, que detêm 14 por cento na Estácio por meio da TCA e outros veículos, recusaram-se a comentar.

O Bradesco e o Santander Brasil não comentaram imediatamente. A batalha pela Estácio tende a ficar mais feroz, com a Kroton considerando uma oferta hostil se necessário. Ela também destaca a resiliência do setor educacional, mesmo com o país em meio à maior recessão em oito décadas e uma forte redução das vagas do Fundo de Investimento Estudantil (Fies).

A Estácio anunciou na véspera que a família Zaher, por meio da TCA, considera uma oferta em dinheiro para ter o controle de até 75 por cento da empresa. Este mês, a Estácio nomeou Chaim Zaher, patriarca da família, como presidente-executivo. As ações da Estácio caíram 1,8 por cento para 16 reais, com alta de 18 por cento no ano até o momento.

OFERTA MELHORADA

De acordo com uma segunda fonte, que também está diretamente envolvida na transação, o Conselho da Estácio tenderia a aceitar uma oferta melhorada da Kroton, a maior companhia de educação do mundo em valor de mercado.

A atual proposta da Kroton avalia em 1,25 papel de sua emissão para cada ação da Estácio. A fonte disse que a chance de ganhar o aval do Conselho aumentaria rapidamente se a Kroton subisse a oferta para algo entre 1,4 e 1,5 ação. Os Zaher também considerariam uma oferta semelhante, disseram as fontes.

A Reuters noticiou na segunda-feira que a atual oferta da Kroton pela Estácio é definitiva, adicionando que a companhia já tem assegurado apoio de mais da metade dos acionistas da Estácio - alguns dos quais também são investidores na Kroton.

Vários membros do Conselho da Estácio levantaram a questão de um potencial conflito de interesse entre alguns dos investidores cruzados. De acordo com a primeira fonte, a Coronation Fund Managers enviou uma carta ao Conselho da Estácio pedindo para aceitar os termos da oferta da Kroton. Um email enviado à Coronation pedindo comentários não foi imediatamente respondido.

Se a oferta se tornar hostil, qualquer acionista que detenha 5 por cento da Estácio pode pedir uma assembleia para disponbilizar todas as propostas para a companhia votar.

A Ser Educacional também está tomando as providências para intensificar a disputa pela Estácio. De acordo com a primeira fonte, a Ser planeja aumentar a porção em dinheiro de sua oferta numa nova proposta que será entregue à Estácio até quarta-feira. Na quinta-feira expira o prazo dado pela Kroton para avaliação de sua oferta.

Texto atualizado às 19h09

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