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CEO da Telecom Italia diz que TIM não está à venda

Embora seja categórico em relação a manutenção da Telecom Italia no controle da operadora brasileira, o CEO não descarta uma operação que envolva a Vivendi


	Loja da TIM: a mensagem de Marco Patuano, CEO da Telecom Italia, foi de que a empresa não tem interesse em se desfazer da TIM
 (Alessia Pierdomenico/Bloomberg)

Loja da TIM: a mensagem de Marco Patuano, CEO da Telecom Italia, foi de que a empresa não tem interesse em se desfazer da TIM (Alessia Pierdomenico/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2014 às 17h41.

O CEO da Telecom Italia, Marco Patuano, esteve nesta terça, 18, reunido com o ministro Paulo Bernardo para tranquilizar o governo brasileiro em relação ao futuro da TIM. A mensagem de Patuano foi de que a Telecom Italia não tem interesse em se desfazer da TIM.

"Nesse momento não tem nenhuma oferta, nem discussão. Nunca vi uma situação na qual uma companhia que está sendo fechada vai aumentar os investimentos", disse ele na saída do encontro.

Embora seja categórico em relação a manutenção da Telecom Italia no controle da operadora brasileira, Patuano não descarta uma operação que envolva a Vivendi.

"A TIM é uma companhia muito boa que faz telefonia móvel e a GVT é uma ótima companhia que faz telefonia fixa. Então surgem especulações de que isso seria uma combinação ótima. Porém, nesse momento, não estamos falando", afirmou. "São duas companhias que têm claramente posições complementares".

No início do mês, surgiram notícias de que as duas empresas estariam iniciando uma aproximação com o intuito de juntar os ativos no Brasil.

A operação, de acordo com as notícias, seria bem vista pelos minoritários da Telecom Italia porque diminuiria a influência da Telefónica sobre o grupo. A depender da engenharia financeira do acordo, a entrada da Vivendi poderia também resolver o problema de participação cruzada que a Telefónica tem na TIM e na Vivo.

O Cade deu um prazo não divulgado para que a Telefónica ou se desfaça de sua participação indireta na TIM Brasil ou arrume outro sócio para o lugar da Portugal Telecom na Vivo.

Embora as redes e serviços de TIM e GVT sejam totalmente complementares e a sua combinação faça sentido, vale lembrar que as controladoras de ambas as empresas, aTelecom Italia e a francesa Vivendi, não têm dinheiro sobrando em caixa; pelo contrário, têm buscado formas de se recapitalizar.

Foi justamente para apagar a onda de especulações em torno do nome da Telecom Italia que Patuano veio ao Brasil. "Acho que é muito importante falar com as autoridades brasileiras. Não pode ser que sobre a Telecom Italia fale todo mundo, menos a Telecom Italia".

"A Telecom Italia, de vez em quando tem uma descrição no mercado de uma companhia frágil, com dívidas. Acho que não é o caso da Telecom Italia. Estamos no Brasil para investir", garantiu ele. No ano passado, segundo Patuano, a TIM Brasil investir R$ 500 milhões a mais que no ano anterior. A previsão para 2014 é investir em torno de R$ 4,5 bilhões e chegar a R$ 11 bilhões até 2016.

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