Negócios

Nos EUA, índice mostra empresas com políticas LGBT tendo melhor desempenho

Em ranking da LGBTQ Loyalty, grupo de 100 empresas com mais políticas de diversidade tiveram retorno maior que S&P 500, as gigantes americanas

No próximo ano haverá recorde de cadeiras ocupadas por representantes da comunidade LGBTI+ no Congresso e nas Assembleias estaduais: 18, ao menos, sendo 16 mulheres – 5 delas trans ou travestis – e 14 pessoas negras. (Marc Bruxelle/EyeEm/Getty Images)

No próximo ano haverá recorde de cadeiras ocupadas por representantes da comunidade LGBTI+ no Congresso e nas Assembleias estaduais: 18, ao menos, sendo 16 mulheres – 5 delas trans ou travestis – e 14 pessoas negras. (Marc Bruxelle/EyeEm/Getty Images)

CR

Carolina Riveira

Publicado em 31 de outubro de 2019 às 10h00.

Última atualização em 2 de junho de 2020 às 17h27.

Uma empresa da Califórnia aposta que empresas de capital aberto com políticas de apoio à comunidade LGBT podem mostrar desempenho superior ao do mercado.

A LGBTQ Loyalty lança nesta quarta-feira um índice composto por 100 empresas que apoiam a igualdade para lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e queer - e que mostra melhores retornos do que o S&P 500. As empresas listadas no novo índice foram selecionadas, em parte, com base em resultados de uma enquete que perguntou a indivíduos que se identificaram como LGBTQ quais empresas desejariam incluir.

Embora existam outros índices de ações de empresas focadas em direitos LGBTQ, o índice LGBTQ100 ESG é o primeiro indicador ambiental, social e de governança a buscar sugestões para sua composição, de acordo com a LGBTQ Loyalty, que tem sede em West Hollywood. A empresa trabalhou com a Harris Insights & Analytics LLC para conduzir a pesquisa. Todas as empresas do índice fazem parte do S&P 500 e possuem as melhores pontuações da Campanha de Direitos Humanos.

Isso significa que o índice não é composto apenas por empresas com políticas de não discriminação e benefícios equitativos, mas também empresas que “as pessoas LGBT acham atrativas e interessantes”, disse o ex-deputado dos EUA Barney Frank, membro do conselho da LGBTQ Loyalty, em entrevista por telefone.

A LGBTQ Loyalty - sob o comando do CEO Bobby Blair e cujos membros do conselho incluem Billy Bean, embaixador para a inclusão da Major League Baseball - agora planeja criar um fundo negociado em bolsa vinculado ao índice. O ETF, que está sob análise da SEC, custará 75 pontos-base, ou US$ 75 por US$ 10 mil investidos, de acordo com a empresa. Embora o custo de um ETF mediano dos EUA seja de 48 pontos-base, os fundos com foco social tendem a ser mais caros.

Nos últimos cinco anos, o LGBTQ100 obteve retorno anualizado de quase 12%, em comparação com os 7,8% do S&P 500, segundo a empresa. Cisco Systems, Amazon.com, Boston Scientific, Apple e Coca-Cola estão entre as empresas com maior peso no índice.

Ao comprar essas ações, os investidores “podem seguir seus princípios sem sacrifício financeiro”, disse Frank.

Acompanhe tudo sobre:DiversidadeEstados Unidos (EUA)GaysLGBT

Mais de Negócios

Startup de Goiânia cria robôs do zero para iFood e Volkswagen

Do papel aos móveis: como esta empresa do Paraná planeja faturar R$ 1 bi vendendo produtos químicos

Escola bilíngue de excelência: a proposta da Start Anglo para formar os cidadãos do futuro

De novas fábricas a uma agência de desenvolvimento: os planos de Eduardo Leite para reerguer o RS