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Após prejuízo, Nokia tem futuro desafiador

A companhia teve prejuízo antes de eventos não recorrentes de 0,07 euro por ação. Futuro da empresa depende de novos smartphones, que podem ganhar mercado


	"Eu acho que a Nokia vai continuar a enfrentar tempos difíceis", disse o gestor de fundos Inge Heydorn
 (Ethan Miller/Getty Images)

"Eu acho que a Nokia vai continuar a enfrentar tempos difíceis", disse o gestor de fundos Inge Heydorn (Ethan Miller/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2012 às 11h29.

Helsinki - A Nokia apresentou nesta quinta-feira um prejuízo menor do que o esperado para o terceiro trimestre, mas alertou sobre difíceis desafios à frente, e investidores acreditam que a sobrevivência da companhia depende da capacidade de seus novos smartphones ganharem mercado.

A companhia teve prejuízo antes de eventos não recorrentes de 0,07 euro por ação ante lucro de 0,03 euro por papel um ano antes. Analistas consultados pela Reuters esperavam resultado negativo de 0,11 euro por ação.

Embora os resultados, ajudados pelo empreendimento de equipamentos de telecomunicações do grupo, a Nokia Siemens Networks, tenha ficado acima das previsões , investidores disseram ainda há forte pressão sobre o presidente-executivo, Stephen Elop, contratado em 2010.

"Eu acho que a Nokia vai continuar a enfrentar tempos difíceis", disse o gestor de fundos Inge Heydorn, da Sentat Asset Management.

A empresa já foi a maior fabricante de celulares do mundo, mas foi deixada para trás pelas concorrentes no importante segmento de smartphones, e sua parceria com a Microsoft ainda não conseguiu desafiar o domínio do iPhone, da Apple, e do Galaxy, da Samsung.

O grupo finlandês agora está concentrando suas esperanças nos novos modelos Lumia 820 e 920, que utilizam o mais recente sistema operacional Windows Phone 8 e devem chegar às lojas em novembro.

As ações da Nokia chegaram a subir 10 por cento após a divulgação de resultados, mas depois passaram a operar em queda de mais de 1 por cento.

Alguns analistas se mostraram receosos sobre as perspectivas da companhia mesmo após os números trimestrais melhores do que os esperados, afirmando que muito depende dos novos Lumias.


"Grande parte das expectativas para o quarto trimestre ignora a realidade que os novos produtos serão enviados ao mercado no meio do trimestre, num ambiente extremamente competitivo e congestionado", disse Geoff Blaber, analista da CCS Insight.

O analista Lee Simpson, da Jefferies, alertou que os investidores sobre o "perigo de comprar um ciclo de produtos instável", dizendo que a companhia pode continuar a queimar caixa por mais um ano.

A posição de caixa líquido da Nokia caiu para 3,6 bilhões de euros (4,7 bilhões de dólares) no final do terceiro trimestre ante 4,2 bilhões de euros em junho, mas ainda assim ficou acima dos 3,4 bilhões esperados por analistas.

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