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Nissan inaugura no Rio fábrica que deverá empregar 2 mil

Segundo presidente da Nissan, Carlos Ghosn, produção começará com 60% de componentes brasileiros: “nossa intenção é chegar a 80% em 2016 e continuar aumentando”


	Nissan March: planta, que custou R$ 2,6 bi, deverá produzir 200 mil automóveis por ano e não só montará o veículo como também produzirá o motor. Inicialmente, será fabricado apenas o March
 (Divulgação/Nissan)

Nissan March: planta, que custou R$ 2,6 bi, deverá produzir 200 mil automóveis por ano e não só montará o veículo como também produzirá o motor. Inicialmente, será fabricado apenas o March (Divulgação/Nissan)

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Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2014 às 13h46.

Rio de Janeiro - A Nissan inaugurou hoje (15), em Resende, no sul fluminense, uma fábrica que deverá empregar até 2 mil pessoas. Mesmo antes do início da produção, a empresa já tem 1.800 funcionários. A estimativa do governo fluminense, é gerar outros 2 mil empregos indiretos já que só a Nissan já atraiu 10 fornecedores.

A planta, que custou R$ 2,6 bilhões, deverá produzir 200 mil automóveis por ano e não só montará o veículo como também produzirá o motor. Inicialmente, será fabricado apenas o modelo March.

A ideia é produzir também o modelo Versa. No entanto, a fábrica pode produzir qualquer veículo da Plataforma V da Nissan, que também inclui os modelos Tiida e Note, por exemplo. Segundo a assessoria de imprensa da montadora, há algumas semanas foi iniciada a fase de pré-produção dos veículos March, usada para realizar testes no veículo antes de comercializá-lo.

Segundo o presidente da Nissan, Carlos Ghosn, a produção começará com 60% de componentes brasileiros. “Nossa intenção é chegar a 80% em 2016 e continuar aumentando”, disse o executivo durante a inauguração da fábrica.

A Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico estima arrecadar R$ 240 milhões por ano, em Imposto sobre Operações Relativas a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços, com a operação da planta.

O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Júlio Bueno, disse que a fábrica é importante porque demonstra uma diversificação econômica do Rio de Janeiro e reduz a dependência do estado do petróleo. “O petróleo fará o Rio crescer nos próximos 30 anos. O Brasil sairá de 2 milhões de barris por dia para 5 milhões até 2035. Mas isso não basta. O Rio precisa ser além do petróleo”, disse Bueno.

Para o prefeito de Resende, José Rechuan, a planta contribui para o desenvolvimento da região, que já é um consolidado pólo automotivo. “A cidade de Resende está acostumada ao desenvolvimento. Fomos pioneiros no café. Nos anos 40, se instalou a Academia Militar das Aguilhas Negras. Nos anos 60 e 70, foram as indústrias químicas. Nos anos 90, se inicia a história automotiva da nossa cidade. Agora recebemos com muito orgulho essa fábrica. À medida em que as fábricas vão chegando, também são construídas escolas, hospitais, ensino técnico”, disse Rechuan.

A fábrica de Resende é a segunda da Nissan no Brasil, já que a empresa possui uma planta no Paraná, em parceria com a Renault, onde produz os modelos Frontier e Livina. Está prevista ainda a construção de um centro de pesquisas no Rio de Janeiro.

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