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Gigantes retiram produtos por escândalo da carne de cavalo

A JBS, líder mundial do processamento de carne bovina, anunciou nesta terça-feira a suspensão da comercialização de carne europeia

JBS: os 27 países da União Europeia concordaram em realizar 2.250 testes de carne, de 10 a 150 por país.
DR

Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2013 às 17h43.

Paris - Duas gigantes mundiais do setor alimentício, a brasileira JBS e a suíça Nestlé, retiraram do mercado vários pratos prontos em consequência do escândalo provocado pelo uso de carne de cavalo ao invés de carne bovina, problema que afeta cada vez mais países europeus.

A JBS, líder mundial do processamento de carne bovina, anunciou nesta terça-feira a suspensão da comercialização de carne europeia e explicou que não tem nenhum tipo de envolvimento na fraude.

A JBS Toledo, escritório comercial da empresa brasileira na Bélgica, "não comercializará mais produtos europeus até que se restabeleça a confiança na segurança do sistema de fornecimento", informa a empresa em um comunicado.

A Nestlé, maior empresa do mundo no setor de alimentos, anunciou um pouco antes a retirada das prateleiras na Espanha e Itália, que até então haviam escapado do escândalo, de dois produtos pré-cozidos com carne bovina: Buitoni Beef Ravioli e Beef Tortellini.

A decisão foi tomada depois que testes detectaram indícios de DNA de cavalo em dois produtos de carne bovina fornecidos pela H.J Schypke, subcontratada alemã da JBS Toledo NV, anunciou a Nestlé.

Mas a JBS explica no comunicado que a Schypke "não pertence a seu grupo econômico nem mantém qualquer relação empresarial ou operacional com a empresa".

A empresa brasileira destaca que, no caso mencionado, "todo o processo operacional e logístico foi executado pelo produtor alemão, que enviava o produto diretamente ao cliente final".


A Nestlé também vai retirar do mercado um prato de lasanha congelada destinado aos restaurantes, a Lasagnes à la Bolognaise Gourmandes, produzido na França. A proporção de carne de cavalo detectada nos produtos é superior a 1%.

O grupo suíço anunciou nesta terça-feira que sua filial portuguesa retirou do mercado de Portugal lasanhas com carne de cavalo.

Pela primeira vez desde o início da crise, esses produtos retirados não são apenas pratos pré-cozidos a venda em supermercados, mas também pratos distribuídos a hotéis, restaurantes ou cafés, segundo um porta-voz de Nestlé em Portugal, Anotio Carvalho.

O alemão Lidl também anunciou na segunda-feira a retirada de pratos com carne de cavalo na Suécia, Finlândia, Dinamarca e Bélgica.

A empresa suíça insistiu que a "segurança alimentar não está em risco, mas a identificação equivocada de produtos faz com que não cumpram os requisitos mais rígidos que os consumidores esperam de nós".

A Nestlé informou que está aplicando novos testes para detectar rastros de carne equina em seus centros de produção na Europa.

A distribuidora alemã Lidl anunciou na segunda-feira a retirada das lojas na Suécia, Finlândia, Dinamarca e Bélgica de pratos prontos com carne de cavalo ao invés de bovina.

Os 27 países da União Europeia concordaram em realizar 2.250 testes de carne, de 10 a 150 por país.


As autoridades afirmam que até o momento não há riscos para a saúde pelo escândalo.

O governo francês, em contraste com as medidas preventivas, autorizou na segunda-feira a empresa Spanghero a retomar parte das atividades, que haviam sido totalmente bloqueadas na quinta-feira com a retirada da licença sanitária depois que foi envolvida no escândalo da carne de cavalo classificada como bovina.

Depois de analisar boa parte das carnes armazenadas em sua unidade de produção do sul da França, as autoridades decidiram que a Spanghero pode retomar a produção de carne moída, salsichas e pratos prontos.

Mas continua proibida de armazenar carnes congeladas, o eixo do escândalo.

As autoridades franceses mantêm a proibição da empresar negociar carne em consequência das suspeitas de mudança de etiquetas.

A Spanghero comprou 750 toneladas de carne de cavalo, 550 toneladas delas utilizadas para produzir 4,5 milhões de pratos fraudulentos vendidos a 28 empresas em 13 países europeus.

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Paris - Duas gigantes mundiais do setor alimentício, a brasileira JBS e a suíça Nestlé, retiraram do mercado vários pratos prontos em consequência do escândalo provocado pelo uso de carne de cavalo ao invés de carne bovina, problema que afeta cada vez mais países europeus.

A JBS, líder mundial do processamento de carne bovina, anunciou nesta terça-feira a suspensão da comercialização de carne europeia e explicou que não tem nenhum tipo de envolvimento na fraude.

A JBS Toledo, escritório comercial da empresa brasileira na Bélgica, "não comercializará mais produtos europeus até que se restabeleça a confiança na segurança do sistema de fornecimento", informa a empresa em um comunicado.

A Nestlé, maior empresa do mundo no setor de alimentos, anunciou um pouco antes a retirada das prateleiras na Espanha e Itália, que até então haviam escapado do escândalo, de dois produtos pré-cozidos com carne bovina: Buitoni Beef Ravioli e Beef Tortellini.

A decisão foi tomada depois que testes detectaram indícios de DNA de cavalo em dois produtos de carne bovina fornecidos pela H.J Schypke, subcontratada alemã da JBS Toledo NV, anunciou a Nestlé.

Mas a JBS explica no comunicado que a Schypke "não pertence a seu grupo econômico nem mantém qualquer relação empresarial ou operacional com a empresa".

A empresa brasileira destaca que, no caso mencionado, "todo o processo operacional e logístico foi executado pelo produtor alemão, que enviava o produto diretamente ao cliente final".


A Nestlé também vai retirar do mercado um prato de lasanha congelada destinado aos restaurantes, a Lasagnes à la Bolognaise Gourmandes, produzido na França. A proporção de carne de cavalo detectada nos produtos é superior a 1%.

O grupo suíço anunciou nesta terça-feira que sua filial portuguesa retirou do mercado de Portugal lasanhas com carne de cavalo.

Pela primeira vez desde o início da crise, esses produtos retirados não são apenas pratos pré-cozidos a venda em supermercados, mas também pratos distribuídos a hotéis, restaurantes ou cafés, segundo um porta-voz de Nestlé em Portugal, Anotio Carvalho.

O alemão Lidl também anunciou na segunda-feira a retirada de pratos com carne de cavalo na Suécia, Finlândia, Dinamarca e Bélgica.

A empresa suíça insistiu que a "segurança alimentar não está em risco, mas a identificação equivocada de produtos faz com que não cumpram os requisitos mais rígidos que os consumidores esperam de nós".

A Nestlé informou que está aplicando novos testes para detectar rastros de carne equina em seus centros de produção na Europa.

A distribuidora alemã Lidl anunciou na segunda-feira a retirada das lojas na Suécia, Finlândia, Dinamarca e Bélgica de pratos prontos com carne de cavalo ao invés de bovina.

Os 27 países da União Europeia concordaram em realizar 2.250 testes de carne, de 10 a 150 por país.


As autoridades afirmam que até o momento não há riscos para a saúde pelo escândalo.

O governo francês, em contraste com as medidas preventivas, autorizou na segunda-feira a empresa Spanghero a retomar parte das atividades, que haviam sido totalmente bloqueadas na quinta-feira com a retirada da licença sanitária depois que foi envolvida no escândalo da carne de cavalo classificada como bovina.

Depois de analisar boa parte das carnes armazenadas em sua unidade de produção do sul da França, as autoridades decidiram que a Spanghero pode retomar a produção de carne moída, salsichas e pratos prontos.

Mas continua proibida de armazenar carnes congeladas, o eixo do escândalo.

As autoridades franceses mantêm a proibição da empresar negociar carne em consequência das suspeitas de mudança de etiquetas.

A Spanghero comprou 750 toneladas de carne de cavalo, 550 toneladas delas utilizadas para produzir 4,5 milhões de pratos fraudulentos vendidos a 28 empresas em 13 países europeus.

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