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Não há concorrência relevante para o Brasil em carnes, segundo o Minerva

Frigorífico diz não ter interesse nos ativos da BRF

Minerva: expectativa de receita para o ano fica entre 4 bilhões de reais e 4,2 bilhões de reais.
 (Divulgação)

Minerva: expectativa de receita para o ano fica entre 4 bilhões de reais e 4,2 bilhões de reais. (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2011 às 16h49.

São Paulo- Para o frigorífico Minerva, o Brasil vive um momento favorável e os concorrentes internacionais um período desfavorável. O frigorífico  espera um mercado interno pujante em 2012 e um mercado externo enfrentado dificuldades - enquanto o rebanho no Brasil seguirá aumentando. "não há concorrência importante para o Brasil", disse Fernando Galletti de Queiroz, CEO do Minerva.

O Brasil é um dos únicos países do mundo que terá aumento de rebanho no próximo ano, segundo o CEO. A estimativa para 2011 é de produzir 50 milhões de bezerros. "O mundo tem demanda crescente e nossa posição é única", disse. 

"Vemos um estreitamento no intervalo entre o consumo de países desenvolvidos e subdesenvolvidos", disse o CEO. O executivo destacou, no exterior, o Oriente Médio, o leste Europeu e o extremo oriente, como um bloco importante em 2011. 

No próximo ano o frigorífico vai manter seu foco no mercado interno e no crescimento orgânico. O aumento do salário mínimo deve gerar um impacto positivo, segundo o CEO. A expectativa de receita para o ano está entre 4 bilhões de reais e 4,2 bilhões de reais. O Minerva acredita que a taxa de ocupação das plantas será de 80% no final desse ano e afirma que vem ganhando participação no mercado – enquanto empresas “mais informais” vem perdendo. 

Dólar

O câmbio forte em 2011 foi importante para o crescimento no mercado interno, segundo o CEO. A expectativa do CFO do Minerva, Edison Ticle, é que o dólar mantenha-se no intervalo entre 1,65 real e 1,90 real no próximo ano. “Para nós, o problema é a falta de previsibilidade”, disse Ticle. 

BFR 

A empresa não tem interesse nos ativos da BRF, segundo o CEO, por não ter interesse em abate de frango e suínos. Galletti vê, no entanto, ativos interessantes em distribuição, mas, a ideia da BRF é vender os ativos para uma mesma empresa. 

Guerra fiscal

O sindicato do setor mantém conversas com o governo do estado de São Paulo sobre os impostos na região, segundo o CEO. Um acordo pode ser anunciado ainda em 2011. “Guerra fiscal é um problema que o Brasil tem e é grande no nosso setor, especialmente em quem opera em São Paulo”, disse Galletti. O Minerva possui duas plantas de abate e uma de processamento no estado. Outras empresas também já reclamaram da falta de incentivos em São Paulo.

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