"Não faltarão interessados por fatia da Brasil Foods"
Na avaliação de fontes do setor e analistas do mercado, o único problema é que eventuais compradores fizeram grandes aquisições e estão reestruturando suas operações e também suas dívidas
Da Redação
Publicado em 13 de julho de 2011 às 21h54.
São Paulo - Por determinação do acordo celebrado e aprovado no Cade nesta quarta-feira, a Brasil Foods terá que vender marcas e ativos para um único comprador, e não faltarão interessados.
Na avaliação de fontes do setor e analistas do mercado, o único problema é que eventuais compradores, como grandes empresas de carne do Brasil, a exemplo de JBS e Marfrig, fizeram grandes aquisições e estão reestruturando suas operações e também suas dívidas.
Mas mesmo JBS e Marfrig, considerando a qualidade dos ativos que deverão ser vendidos, podem se empolgar e mudar os planos.
"Pelo menos as empresas de capital aberto... são empresas que estão reestruturando suas dívidas, trabalhando dentro do que compraram, integrando operações e colhendo sinergias. Vai depender do interesse delas, a estratégia para este ano era essa, mas não tinha a possibilidade de contar com ativos desse porte (da BRF)", disse Cauê Pinheiro, da SLW Corretora.
Os ativos que deverão ser alienados dentro do acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica correspondem a uma capacidade de processamento industrial de alimentos de 730 mil toneladas ao ano, segundo a BRF informou nesta quarta-feira.
"As restrições equivalem a 11,6 por cento do volume e a 13,1 por cento da receita operacional líquida da companhia no ano de 2010", acrescentou a empresa.
Outro candidato brasileiro - Possível outro candidato a comprador é o Minerva, que não realizou tantas aquisições como seus concorrentes maiores nos últimos anos. Procurada, a empresa preferiu não comentar o assunto. Porém, uma fonte familiar com a situação informou que o Minerva deverá analisar a situação.
A mesma fonte acrescentou ainda que a empresa tem sempre buscado oportunidades para expandir sua base de produção.
A JBS e a Marfrig também preferiram não se pronunciar sobre o caso. Mas uma outra fonte disse à Reuters que o Marfrig teria algum interesse inicial nos ativos da BRF.
Para Bruno Wittmaack, do fundo Victoire Capital, compradores poderão se beneficiar, pois os ativos estariam com preços mais baixos do que eles pagariam dentro de uma operação integrada.
"Esses ativos fazem sentido para qualquer concorrente que quiser aumentar sua participação nesses mercados", disse.
Executivos ligados ao setor avaliam ainda que outras empresas estrangeiras poderiam se interessar pelos ativos da BRF neste momento. Entre as possibilidades, companhias chinesas.
São Paulo - Por determinação do acordo celebrado e aprovado no Cade nesta quarta-feira, a Brasil Foods terá que vender marcas e ativos para um único comprador, e não faltarão interessados.
Na avaliação de fontes do setor e analistas do mercado, o único problema é que eventuais compradores, como grandes empresas de carne do Brasil, a exemplo de JBS e Marfrig, fizeram grandes aquisições e estão reestruturando suas operações e também suas dívidas.
Mas mesmo JBS e Marfrig, considerando a qualidade dos ativos que deverão ser vendidos, podem se empolgar e mudar os planos.
"Pelo menos as empresas de capital aberto... são empresas que estão reestruturando suas dívidas, trabalhando dentro do que compraram, integrando operações e colhendo sinergias. Vai depender do interesse delas, a estratégia para este ano era essa, mas não tinha a possibilidade de contar com ativos desse porte (da BRF)", disse Cauê Pinheiro, da SLW Corretora.
Os ativos que deverão ser alienados dentro do acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica correspondem a uma capacidade de processamento industrial de alimentos de 730 mil toneladas ao ano, segundo a BRF informou nesta quarta-feira.
"As restrições equivalem a 11,6 por cento do volume e a 13,1 por cento da receita operacional líquida da companhia no ano de 2010", acrescentou a empresa.
Outro candidato brasileiro - Possível outro candidato a comprador é o Minerva, que não realizou tantas aquisições como seus concorrentes maiores nos últimos anos. Procurada, a empresa preferiu não comentar o assunto. Porém, uma fonte familiar com a situação informou que o Minerva deverá analisar a situação.
A mesma fonte acrescentou ainda que a empresa tem sempre buscado oportunidades para expandir sua base de produção.
A JBS e a Marfrig também preferiram não se pronunciar sobre o caso. Mas uma outra fonte disse à Reuters que o Marfrig teria algum interesse inicial nos ativos da BRF.
Para Bruno Wittmaack, do fundo Victoire Capital, compradores poderão se beneficiar, pois os ativos estariam com preços mais baixos do que eles pagariam dentro de uma operação integrada.
"Esses ativos fazem sentido para qualquer concorrente que quiser aumentar sua participação nesses mercados", disse.
Executivos ligados ao setor avaliam ainda que outras empresas estrangeiras poderiam se interessar pelos ativos da BRF neste momento. Entre as possibilidades, companhias chinesas.