Negócios

Você tem mais [1] matéria exclusiva para assinantes Exame este mês. Acesse sua conta gratuita para continuar lendo.

Na Eletrobras, presidente tenta subir seu salário

Para executivo, salários dos executivos da estatal são significativamente inferiores à grande parte das companhias que operam no mercado de capitais

Ferreira Junior: Renúncia no inesperada no seu segundo mandato à frente da Eletrobras (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Ferreira Junior: Renúncia no inesperada no seu segundo mandato à frente da Eletrobras (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de maio de 2018 às 10h02.

Última atualização em 5 de maio de 2018 às 10h03.

Rio - O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr., que está à frente do processo de privatização da estatal, solicitou um aumento do próprio salário em 46,4%, no momento em que corta custos da estatal para deixá-la mais atraente para ser vendida. O pleito, feito em documento ao qual o Estadão/Broadcast teve acesso, depois confirmado pela empresa, foi enviado em 14 de março à Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais.

Além do aumento de salário do presidente, o pedido incluía, em porcentagens um pouco menores, o aumento da remuneração dos presidentes das subsidiárias - incluindo distribuidoras que estão na lista de venda - e de diretores e representantes dos conselhos fiscal e de administração.

A Eletrobras confirmou que enviou documento à Sest com o pedido, mas disse que ele não foi aceito. "Apesar do pleito das empresas Eletrobras, o ministério se manifestou à Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e à Eletrobras pela manutenção dos mesmos valores aprovados no período 2017-2018, não concedendo, portanto, o reajuste. A mesma orientação foi seguida nas assembleias de cada uma das empresas controladas", disse a Eletrobras.

Ferreira Jr. propôs elevar o atual salário mensal de R$ 52,3 mil para R$ 76,6 mil. O de presidentes de subsidiárias, como Eletronorte, Furnas e Chesf, subiria para R$ 64,2 mil, ante R$ 39,6 mil no caso da Eletronorte e R$ 44,1 mil nas outras duas companhias. Os presidentes das distribuidoras que estão para ser privatizadas também teriam salários ajustados, de R$ 24 mil a R$ 25 mil para R$ 47,4 mil. Os salários dos diretores são em média 5% menores do que a remuneração dos presidentes, informa o documento enviado à Sest.

"É importante registrar que a eventual privatização das distribuidoras da Eletrobras faz com que os patamares remuneratórios passem a ser definidos pelos futuros controladores", ressaltou Ferreira Jr. no pedido.

O executivo afirma que os salários dos executivos da estatal "são significativamente inferiores à grande parte das companhias que operam no mercado de capitais no Brasil". "Nossas empresas possuem uma remuneração dos dirigentes significativamente inferior à média dos honorários de empresas como Petrobrás, BR Distribuidora, BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal", informa no documento, ressaltando que os novos valores propostos foram simulados tendo como base os aumentos concedidos à diretoria do BNDES, também realizados "para manter a atratividade do cargo". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:EletrobrasEmpresas brasileirasSalários

Mais de Negócios

17 franquias baratas a partir de R$ 19.900 para empreender na aposentadoria

A fantástica fábrica de portas mira faturamento de R$ 500 milhões

O plano de R$ 10 bilhões da Cimed: como a farmacêutica quer dobrar de tamanho até 2030

Ele fatura milhões com caldos naturais e tem Ivete Sangalo como sócia