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Musk e Zuckerberg lideram e 500 maiores fortunas acumulam US$ 852 bilhões em seis meses

O crescimento foi potencializado pela corrida dos investidores à bolsa de valores, após o movimento contrário em grande parte do ano passado

Elon Musk, fundador da Tesla e da SpaceX, liderou o processo, acumulando US$ 96,6 bilhões em seis meses (ODD ANDERSEN/Getty Images)

Elon Musk, fundador da Tesla e da SpaceX, liderou o processo, acumulando US$ 96,6 bilhões em seis meses (ODD ANDERSEN/Getty Images)

Marcos Bonfim
Marcos Bonfim

Repórter de Negócios

Publicado em 4 de julho de 2023 às 16h15.

Última atualização em 4 de julho de 2023 às 16h16.

Elon Musk e Mark Zuckerberg puxam a lista dos bilionários que mais ganharam dinheiros nos primeiros seis meses do ano. Entre as 500 maiores fortunas globais, avaliadas pelo índice de bilionários da Bloomberg, os ganhos somam mãos de 852 bilhões de dólares, o equivalente a 4,105 trilhões de reais.

Os números são os mais fortes desde o começo de 2020, quando a economia foi impactada pela pandemia de Covid-19. De acordo com a Bloomberg, na média geral, cada membro do clube ganhou US$ 14 milhões por dia.

O crescimento foi potencializado pela corrida dos investidores à bolsa de valores, após o movimento contrário em grande parte do ano passado. Nos primeiros seis meses do ano, o ânimo mudou, embalado pelos novos ventos da economia e pelas expectativas em torno das inteligências artificiais generativas.

Como os primeiros lugares do ranking de bilionários são tomados por líderes e fundadores de empresas de tecnologia, os números registraram a escalada de crescimento.

A alta pode ser percebida em índices como o S&P 500, métrica que avalia as quinhentas maiores empresas listadas nas bolsas Nova York e Nasdaq. No período, o índice avançou 16%. No Nasdaq 100, apenas com ativos de tecnologia, a expansão foi ainda maior, 39%, o melhor resultado em um primeiro semestre na história.

Quem são os maiores ganhadores

Elon Musk, fundador da Tesla e da SpaceX, liderou o processo, acumulando US$ 96,6 bilhões em seis meses. O crescimento no patrimônio veio, basicamente, da alta nas ações da Tesla.

Com o aumento da venda dos veículos, regularização do processo produtivo na China e sinalizações otimistas do mercado, os papéis da montadora avançaram quase 158% desde 3 de janeiro.

Mark Zuckerberg, da Meta, tem um cenário muito semelhante. As ações da holding por trás da Facebook, Instagram e WhatsApp cresceram em torno de 130% no período. Na fortuna do empresário, o impacto positivo foi US$ 58,9 bilhões.

Outros nomes da tecnologia também se beneficiaram do novo boom com IA generativa saíram bem na fotografia do primeiro semestre.

  • Jeff Bezos, da Amazon, US$ 47,4 bilhões
  • Larry Ellison, da Oracle, US$ 40,8 bi,
  • Bernard Arnault, do conglomerado de luxo LVMH, US$ 38,2 bi

Quem mais perdeu dinheiro

Na outra ponta, de quem perdeu dinheiro, está Gautam Adani, ex-segundo homem mais rico do mundo. O indiano acumula prejuízo de US$ 60,2 bilhões. No começo do ano, o grupo de Adani, um conglomerado com negócios em transporte, logística e infraestrutura, foi acusado de fraude pela Hinderburg, empresa americana especializada em pesquisa financeira.

O relatório detalhava uma rede de entidades offshore controladas pela família Adani em paraísos fiscais, no Caribe, Ilhas Maurício e Emirados Árabes Unidos, que teriam sido usadas para facilitar corrupção, lavagem de dinheiro e roubo dos contribuintes, enquanto desviavam dinheiro das empresas listadas em bolsa do grupo.

Apesar de negar envolvimento em atividade irregular, o grupo não conseguiu vencer a narrativa e as ações caíram fortemente, impactando a fortuna de Adani. De pessoa que mais acumulou recursos em 2022, o bilionário ostenta agora o título oposto nestes primeiros seis meses.

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