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Mulher na diretoria faz empresa gastar menos com aquisições

Segundo pesquisa da Sauder School of Business, quanto mais mulheres, menos uma companhia paga por negócio


	As mulheres tendem a rejeitar as operações de fusões e aquisições que não criam valor para os acionistas
 (Getty Images)

As mulheres tendem a rejeitar as operações de fusões e aquisições que não criam valor para os acionistas (Getty Images)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 27 de dezembro de 2013 às 10h57.

São Paulo – Aquela velha história de que as mulheres gastam mais do que os homens pode ser desmistificada com uma pesquisa publicada recentemente pela Sauder School of Business, pelo menos quando se trata do mundo corporativo.

O estudo concluiu que quanto mais mulheres na diretoria, menos as companhias gastam com fusões e aquisições.

De acordo com a pesquisa, coordenada pela professora Kai Li, o preço de uma aquisição pode cair em 15,4%, quando se tem mulheres executivas. E cada mulher a mais na diretoria pode reduzir também o número de tentativas de um negócio em 7,6%.

"As mulheres tendem a rejeitar as operações de fusões e aquisições que não criam valor para os acionistas. Elas procuram proteger os investimentos e o desempenho das empresas”, afirmou Kai Li.

Ainda segundo a pesquisa, as mulheres são menos interessadas em transações arriscadas e exigem, quando fecham um negócio, a promessa de maior retorno sobre o investimento.

Levantamento

Durante o estudo, os pesquisadores analisaram 1.500 fusões e aquisições fechadas entre os anos de 1997 e 2009 e associaram os valores dos negócios ao número de mulheres diretoras.

"Nossos resultados mostram que a prudência exibida por mulheres teve um efeito positivo para manter o valor da empresa", disse Kai Li.

Segundo ela, essa descoberta foi feita em um momento bastante oportuno, o qual está sendo discutido que as empresas precisam cada vez mais de um número mínimo de mulheres em seus conselhos e diretorias.

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