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Mubadala Capital planeja investir US$ 1 bilhão por ano no Brasil

A Mubadala Capital tem US$ 20 bilhões sob gestão, dos quais cerca de dois terços provêm investidores externos

Oscar Fahlgren, presidente da Mubadala Capital no Brasil (Dado Galdieri/Bloomberg)

Oscar Fahlgren, presidente da Mubadala Capital no Brasil (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Agência de notícias

Publicado em 11 de outubro de 2023 às 10h29.

A Mubadala Capital, braço de investimentos do fundo soberano de Abu Dhabi, está otimista com as perspectivas de crescimento do Brasil sob o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e planeja investir mais de US$ 1 bilhão (R$ 5 bilhões) por ano para expandir suas participações no país, que vão desde uma refinaria de petróleo até uma concessão rodoviária.

Mais de uma década depois de chegar para investir nos negócios de commodities do então-bilionário Eike Batista, a Mubadala Capital já alocou mais de US$ 5 bilhões no país, disse em entrevista Oscar Fahlgren, presidente da empresa de investimento no Brasil. A escala e o potencial de retorno fazem do país o lugar mais atraente na América do Sul, disse.

“O PIB está crescendo mais do que o esperado e temos visto estabilidade política desde que a nova administração assumiu”, disse ele, por videoconferência. “O clima na comunidade internacional ficou mais favorável ao Brasil.”

A empresa acaba de fechar um segundo fundo específico para Brasil, com mais de US$ 710 milhões, mais que o dobro do primeiro veículo de investimento, e deve começar a captar para um fundo maior ainda em 2024, disse Fahlgren.

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A Mubadala Capital tem US$ 20 bilhões sob gestão, dos quais cerca de dois terços provêm de terceiros investidores externos, e continua a procurar investimentos oportunos em empresas ativos em dificuldades.

Os próximos passos poderão incluir empresas de varejo em dificuldades, o desenvolvimento de uma nova bolsa de valores para competir com a B3 ou mesmo a criação de uma nova liga de futebol no Brasil.

A entrada dos Emirados Árabes Unidos no BRICS provavelmente aumentará os fluxos de capital entre os países membros, disse ele, acrescentando que a turbulência no resto do mundo torna o Brasil um destino de investimento ainda mais atraente.

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