MPX e alemã E.ON investirão R$18 bi em energia, dizem fontes
Pela parceria entre as empresas, a E.ON ficará com 10 por cento do capital da MPX mediante aporte de R$ 1 bilhão
Da Redação
Publicado em 11 de janeiro de 2012 às 16h42.
Rio de Janeiro - O empresário Eike Batista acertou a entrada da gigante alemã do setor elétrico E.ON em sua empresa de energia MPX, em um acordo que também envolve investimento de 9 bilhões de reais pelo grupo europeu e igual valor pela MPX em projetos, disseram à Reuters duas fontes próximas às negociações.
Pela parceria, que deve ser anunciada em breve, a E.ON ficará com 10 por cento do capital da MPX mediante aporte de 1 bilhão de reais, possivelmente via aumento de capital a ser promovido pela empresa brasileira.
A parceria deverá tocar os principais projetos da MPX, dentre os quais os complexos termelétricos de Açu (Rio de Janeiro) e de Parnaíba (Maranhão), além de térmicas no Chile e no Sul do país, que juntos exigirão no mínimo 18 bilhões de reais. Cada empresa deterá metade da joint venture.
A MPX possui licenciamento ambiental para a construção de 11 mil megawatts de energia térmica, dos quais a E. ON participará com 50 por cento, disseram as fontes.
É a maior parceria já feita por Eike Batista com uma empresa internacional para investimentos. A MPX e a E.ON disseram por meio de suas assessorias que não comentariam o assunto.
A compra dos 10 por cento da MPX pela E.ON deverá ser feita via aumento de capital, podendo engordar o caixa da empresa em pelo menos 1,4 bilhão de reais, caso os minoritários acompanhem a oferta da E. ON. O valor de mercado da MPX estava em quase 6,8 bilhões de reais, segundo o valor das ações da empresa no fechamento do pregão de segunda-feira.
Com a parceria, a maior empresa de serviços públicos da Alemanha em valor de mercado marca a sua entrada no país.
Recentemente, a E. ON. anunciou que identificou o Brasil como uma "nova região prioritária com detalhada estratégia de entrada no mercado", juntamente com a Índia e a Turquia.
A empresa de energia alemã ficou próxima de estrear no mercado brasileiro com a compra da portuguesa EDP. Caso fosse bem sucedida na licitação, realizada em dezembro, seria sócia da própria MPX na térmica de Pecém (Ceará), onde cada empresa possuiria metade do projeto. Acabou perdendo o negócio para a chinesa Three Gorges.
A compra da fatia de 10 por cento da MPX dará à E.ON sociedade em projetos de geração já em construção ou operação. Mas a formação da joint venture dará fôlego à MPX para tocar empreendimentos de peso idealizados por Eike Batista.
O complexo do Açu, no Rio, é um projeto que prevê um porto de proporções relevantes (da LLX, empresa de logística de Eike), além de siderúrgicas, estaleiro, cimenteiras, montadora e indústria de auto-peças, dentre outras. O investimento conjunto neste projeto ultrapassa os 40 bilhões de reais.
A geração de energia do complexo está a cargo da MPX, um investimento que chega a 11,5 bilhões de reais, a ser erguido com 50 por cento de recursos da E.ON.
A térmica Açu 1 será movida a carvão mineral (cuja produção e transporte serão feitos por outras empresas de Eike Batista) enquanto a Açu 2 utilizará gás natural da bacia de Campos.
Já o complexo do Parnaíba é um investimento de 6,5 bilhões de reais que prevê a geração de energia a partir do gás natural da bacia do Parnaíba, de propriedade da MPX e da OGX, braço de petróleo empresário.
A primeira usina do complexo já teve sua energia vendida em leilão de energia por 20 anos a partir de 2014 e também já conta com empréstimo de 1,6 bilhão de reais do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aprovado.
Essa usina terá 1.500 MW (megawatts) de potência instalada, mas a MPX possui liceça ambiental para a instalação de uma capacidade adicional de cerca de 2.200 MW, totalizando 3.722 MW.
O fornecimento de gás já está garantido pela produção dos campos Gavião Real e Gavião Azul, cujos Planos de Desenvolvimento foram apresentados à ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
Rio de Janeiro - O empresário Eike Batista acertou a entrada da gigante alemã do setor elétrico E.ON em sua empresa de energia MPX, em um acordo que também envolve investimento de 9 bilhões de reais pelo grupo europeu e igual valor pela MPX em projetos, disseram à Reuters duas fontes próximas às negociações.
Pela parceria, que deve ser anunciada em breve, a E.ON ficará com 10 por cento do capital da MPX mediante aporte de 1 bilhão de reais, possivelmente via aumento de capital a ser promovido pela empresa brasileira.
A parceria deverá tocar os principais projetos da MPX, dentre os quais os complexos termelétricos de Açu (Rio de Janeiro) e de Parnaíba (Maranhão), além de térmicas no Chile e no Sul do país, que juntos exigirão no mínimo 18 bilhões de reais. Cada empresa deterá metade da joint venture.
A MPX possui licenciamento ambiental para a construção de 11 mil megawatts de energia térmica, dos quais a E. ON participará com 50 por cento, disseram as fontes.
É a maior parceria já feita por Eike Batista com uma empresa internacional para investimentos. A MPX e a E.ON disseram por meio de suas assessorias que não comentariam o assunto.
A compra dos 10 por cento da MPX pela E.ON deverá ser feita via aumento de capital, podendo engordar o caixa da empresa em pelo menos 1,4 bilhão de reais, caso os minoritários acompanhem a oferta da E. ON. O valor de mercado da MPX estava em quase 6,8 bilhões de reais, segundo o valor das ações da empresa no fechamento do pregão de segunda-feira.
Com a parceria, a maior empresa de serviços públicos da Alemanha em valor de mercado marca a sua entrada no país.
Recentemente, a E. ON. anunciou que identificou o Brasil como uma "nova região prioritária com detalhada estratégia de entrada no mercado", juntamente com a Índia e a Turquia.
A empresa de energia alemã ficou próxima de estrear no mercado brasileiro com a compra da portuguesa EDP. Caso fosse bem sucedida na licitação, realizada em dezembro, seria sócia da própria MPX na térmica de Pecém (Ceará), onde cada empresa possuiria metade do projeto. Acabou perdendo o negócio para a chinesa Three Gorges.
A compra da fatia de 10 por cento da MPX dará à E.ON sociedade em projetos de geração já em construção ou operação. Mas a formação da joint venture dará fôlego à MPX para tocar empreendimentos de peso idealizados por Eike Batista.
O complexo do Açu, no Rio, é um projeto que prevê um porto de proporções relevantes (da LLX, empresa de logística de Eike), além de siderúrgicas, estaleiro, cimenteiras, montadora e indústria de auto-peças, dentre outras. O investimento conjunto neste projeto ultrapassa os 40 bilhões de reais.
A geração de energia do complexo está a cargo da MPX, um investimento que chega a 11,5 bilhões de reais, a ser erguido com 50 por cento de recursos da E.ON.
A térmica Açu 1 será movida a carvão mineral (cuja produção e transporte serão feitos por outras empresas de Eike Batista) enquanto a Açu 2 utilizará gás natural da bacia de Campos.
Já o complexo do Parnaíba é um investimento de 6,5 bilhões de reais que prevê a geração de energia a partir do gás natural da bacia do Parnaíba, de propriedade da MPX e da OGX, braço de petróleo empresário.
A primeira usina do complexo já teve sua energia vendida em leilão de energia por 20 anos a partir de 2014 e também já conta com empréstimo de 1,6 bilhão de reais do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aprovado.
Essa usina terá 1.500 MW (megawatts) de potência instalada, mas a MPX possui liceça ambiental para a instalação de uma capacidade adicional de cerca de 2.200 MW, totalizando 3.722 MW.
O fornecimento de gás já está garantido pela produção dos campos Gavião Real e Gavião Azul, cujos Planos de Desenvolvimento foram apresentados à ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).