MPF acusa empresa de etanol de escravizar empregados no ES
Abusos foram descobertos em 2009 nos canaviais e destilarias que a Infinity Bio-ENergy tem nas cidades de Pedro Canário e Conceição da Barra, no norte do ES
Da Redação
Publicado em 27 de janeiro de 2014 às 19h12.
Rio de Janeiro - O Ministério Público Federal denunciou sete pessoas do grupo Infinity Bio-Energy de ter submetido 1.551 trabalhadores a "condições análogas à escravidão", cinco funcionários com cargos de chefia na empresa e dois aliciadores.
Os abusos foram descobertos em 2009 nos canaviais e destilarias que a empresa possui nas cidades de Pedro Canário e Conceição da Barra, no norte do Espírito Santo.
Os trabalhadores tinham que cumprir jornadas exaustivas, muitos recebiam salários inferiores ao mínimo e também havia sérios problemas de segurança e salubridade.
"As refeições eram insuficientes, servidas em locais inadequados e, muitas vezes, já estragadas por falta de conservação; nas frentes de trabalho não havia reposição de água, nem instalações sanitárias", detalhou a promotoria.
O pagamento era feito sete dias depois da realização do trabalho, com base em cálculos determinados pela empresa que não eram informados aos empregados.
Quem também não tinha direitos aos descansos necessários e nem recebiam pelo tempo que levavam para chegar ao campo - cerca de duas horas -nos ônibus da empresa.
Os funcionários da empresa podem ser condenados a oito anos de prisão e ao pagamento de multas. E os aliciadores, que cooptavam trabalhadores principalmente no Vale do Jequitinhonha, no norte de Minas, a penas menores, de até três anos de prisão.
A indústria da cana-de-açúcar , matéria-prima do açúcar e do etanol , é um dos setores em que há mais denúncias de abusos de trabalhadores.
Rio de Janeiro - O Ministério Público Federal denunciou sete pessoas do grupo Infinity Bio-Energy de ter submetido 1.551 trabalhadores a "condições análogas à escravidão", cinco funcionários com cargos de chefia na empresa e dois aliciadores.
Os abusos foram descobertos em 2009 nos canaviais e destilarias que a empresa possui nas cidades de Pedro Canário e Conceição da Barra, no norte do Espírito Santo.
Os trabalhadores tinham que cumprir jornadas exaustivas, muitos recebiam salários inferiores ao mínimo e também havia sérios problemas de segurança e salubridade.
"As refeições eram insuficientes, servidas em locais inadequados e, muitas vezes, já estragadas por falta de conservação; nas frentes de trabalho não havia reposição de água, nem instalações sanitárias", detalhou a promotoria.
O pagamento era feito sete dias depois da realização do trabalho, com base em cálculos determinados pela empresa que não eram informados aos empregados.
Quem também não tinha direitos aos descansos necessários e nem recebiam pelo tempo que levavam para chegar ao campo - cerca de duas horas -nos ônibus da empresa.
Os funcionários da empresa podem ser condenados a oito anos de prisão e ao pagamento de multas. E os aliciadores, que cooptavam trabalhadores principalmente no Vale do Jequitinhonha, no norte de Minas, a penas menores, de até três anos de prisão.
A indústria da cana-de-açúcar , matéria-prima do açúcar e do etanol , é um dos setores em que há mais denúncias de abusos de trabalhadores.