Negócios

Monte dei Paschi está perto de receber ajuda estatal

O banco anunciou nesta madrugada que sua tentativa de trocar dívida por ações havia por enquanto gerado apenas 2,45 bilhões de euros

Banco: a empresa deve anunciar até sexta-feira se será capaz de evitar a ajuda oficial, que representaria a nacionalização da companhia (Alessia Pierdomenico/Bloomberg)

Banco: a empresa deve anunciar até sexta-feira se será capaz de evitar a ajuda oficial, que representaria a nacionalização da companhia (Alessia Pierdomenico/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de dezembro de 2016 às 14h32.

Milão - O Banca Monte dei Paschi di Siena estava nesta quinta-feira mais perto de receber um pacote de ajuda do governo da Itália, já que seus esforços para levantar capital estão distantes dos 5 bilhões de euros (US$ 5,2 bilhões) necessários para evitar isso.

O banco anunciou nesta madrugada que sua tentativa de trocar dívida por ações havia por enquanto gerado apenas 2,45 bilhões de euros e que não conseguiu garantir um investidor âncora.

O banco deve anunciar até sexta-feira se será capaz de evitar a ajuda oficial, que representaria a nacionalização da companhia.

Nesta semana, o Parlamento italiano já aprovou 20 bilhões de euros para ajudar bancos em dificuldade do país. O Monte dei Paschi é de longe o mais vulnerável, após ter o pior resultado nos testes de estresse realizados há alguns meses pela União Europeia.

As dificuldades do Monte dei Paschi ocorrem em um quadro mais amplo de preocupações com o sistema bancário italiano, que tem cerca de 360 bilhões de euros em empréstimos inadimplentes.

"Após erros de julgamento e um atraso desnecessário, um esquema de resgate relativo à longa saga dos bancos italianos está em elaboração", disse Lorenzo Codogno, analista da consultoria LC Macro Advisors Limited.

"Bancos italianos continuarão em seu processo de cura gradual durante meses, se não anos, mas o que acontecerá nos próximos poucos dias será considerado um ponto de inflexão."

Qualquer intervenção estatal implicaria uma perda para os detentores dos bônus, pelas regras da União Europeia. Analistas dizem, porém, que é possível que o governo injete fundos sem que isso ocorra.

Um arranjo do tipo precisaria ser parte de um acordo com a Comissão Europeia, braço executivo do bloco.

Uma organização de direitos do consumidor italiana, a Codacons estima que um pacote de ajuda aos bancos italianos custaria 833 euros para cada família do país. Fonte: Associated Press.

Acompanhe tudo sobre:BancosCrise econômicaFalênciasItália

Mais de Negócios

Vem aí a terceira edição do Ranking EXAME Negócios em Expansão

Nos 30 anos do Real, Mercado Pago lança cédula celebrativa

Nas franquias de educação, 83% dos alunos estão na sala de aula (e não em aulas online)

Eles começaram do zero, viraram referência em franquias e revelam segredos para sucesso nos negócios

Mais na Exame