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Montadoras do ABC propõem aumento de 10,8%,metalúrgicos negociam

São Paulo - As montadoras do ABC, na região metropolitana de São Paulo, ofereceram reajuste salarial de 10,8 por cento para seus milhares de trabalhadores, mas a oferta acabou não sendo aprovada neste sábado uma vez que as empresas dividiram reajuste e abono entre este ano e 2011. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h41.

São Paulo - As montadoras do ABC, na região metropolitana de São Paulo, ofereceram reajuste salarial de 10,8 por cento para seus milhares de trabalhadores, mas a oferta acabou não sendo aprovada neste sábado uma vez que as empresas dividiram reajuste e abono entre este ano e 2011.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, as montadoras da região, Volkswagen, Ford, Toyota, Scania e Mercedes-Benz ofereceram aumento de 9 por cento este ano que seria complementado por mais 1,66 por cento em 2011. A proposta também envolve abono de 2.200 reais dividido em duas vezes, em outubro e novembro.

Os trabalhadores, em assembleia nesta manhã, aprovaram o índice de reajuste de 10,8 por cento, mas decidiram exigir o pagamento integral do aumento e do abono retroativo a 1o de setembro, data base da categoria, informa o sindicato em comunicado.

Com isso, o sindicato poderá fechar acordo "se as montadoras concordarem em unificar o pagamento do abono e aplicar o 1,66 por cento (índice que significa a incorporação do abono de 2009) agora", afirma a entidade.

A negociação do sindicato com as montadoras, encerrada na madrugada deste sábado, envolve ainda metalúrgicos de Taubaté; São Carlos (CGTB-Volks) e Tatuí (Força-Ford).

Segundo o presidente do sindicato do ABC, os 10,8 por cento de reajuste mais o abono de 2.200 reais "representa uma proposta de 14,56 por cento de aumento salarial, o maior índice conquistado pelo sindicato na história categoria".

No interior do Estado, na segunda-feira, trabalhadores da fábrica da General Motors em São José dos Campos (SP) aprovaram reajuste salarial de 9 por cento, retroativo a 1o de setembro.

Já os trabalhadores na base do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região, metalúrgicos em greve das montadoras Toyota e Mercedes-Benz, seguem negociando com cada empresa, depois que os trabalhadores da Honda aceitaram reajuste de 10,5 por cento durante a semana.


Até o início da noite de sexta-feira não havia um acordo com Toyota e Mercedes-Benz. Não foi possível contatar representantes da entidade neste sábado.

Paraná

No Paraná, metalúrgicos da Renault aceitaram na sexta-feira reajuste salarial de 10,08 por cento, 10 por cento de aumento no piso e abono de 4.200 reais pagos em setembro e outubro. Inicialmente a companhia havia oferecido 7 por cento de reajuste, mas melhorou a proposta após paralisações dos trabalhadores.

Na Volkswagen, trabalhadores reunidos em assembleia na manhã deste sábado decidiram decretar "estado de greve pipoca", ou seja, paralisação alternada de turnos a partir da segunda-feria. Durante a semana, a montadora ofereceu 7 por cento, mas a proposta foi rejeitada e a empresa não voltou a propor um novo índice.

Com isso, os metalúrgicos da montadora alemã decidirão na segunda-feira se mantêm o atual estado de greve ou se ampliam o protesto para uma paralisação de maior escala.

Na Volvo os metalúrgicos conseguiram 10 por cento de aumento salarial e mais R$ 4,2 mil de abono e voltam a se reunir em assembleia também na segunda-feira para decidir o rumo de mobilização. Os trabalhadores decretaram greve na sexta-feira e ainda tentam melhorar o valor de vale-mercado de 60 para 300 reais.

"Esperamos que até segunda a Volvo apresente um vale-mercado à altura do valor dos seus trabalhadores", afirma o presidente do sindicato de Curitiba, Sérgio Butka, em comunicado.

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