Negócios

Ministro diz que Cade firmou parâmetro sobre Telefônica

No dia 4, o Cade decidiu que a Telefônica não pode ficar com 100% do capital da Vivo sem se desfazer da participação na TIM Brasil


	Paulo Bernardo: "Se a Telefônica não pode tomar decisões sobre a TIM, como vai fazer para discutir esse fatiamento? Vai ser o governo, o Cade, quem vai mandar fatiar?"
 (Agência Brasil)

Paulo Bernardo: "Se a Telefônica não pode tomar decisões sobre a TIM, como vai fazer para discutir esse fatiamento? Vai ser o governo, o Cade, quem vai mandar fatiar?" (Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de dezembro de 2013 às 16h08.

Brasília - O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse nesta terça-feira, 17, que a decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a respeito da Telefônica reforçou o entendimento de que a companhia não pode controlar Vivo e TIM no país.

No dia 4, o Cade decidiu que a Telefônica não pode ficar com 100% do capital da Vivo sem se desfazer da participação na TIM Brasil. "Eu acho que o Cade estabeleceu um parâmetro de que a empresa não pode controlar as duas empresas aqui", afirmou, após participar da cerimônia de posse do novo conselheiro da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) Igor Vilas Boas de Freitas.

"Isso já estava dito inclusive num acordo assinado com a Telefônica, que assinou termo de compromisso com o Cade de não interferir nas decisões da TIM. O Cade reforçou essa orientação", acrescentou.

Bernardo reiterou que não houve nenhuma consulta oficial por parte da Telefônica à Anatel ou ao Cade a respeito do aumento da participação da companhia espanhola na Telco, controladora da Telecom Italia, anunciada em setembro.

"A Telefônica tirou dois membros do Conselho de Administração da Telecom Italia e todo mundo atribui isso à decisão do Cade", afirmou.

"Mas, enquanto eles não resolverem isso na Itália, não vão falar nada aqui. Se houver algum movimento que signifique avançar mais, Anatel e Cade vão analisar."

Sobre as especulações a respeito do que seria feito com a TIM, ele lembrou que essa decisão não cabe à Telefônica. "Eu já ouvi várias possíveis saídas, uma seria fatiar a empresa, e acho até que pode ser feito, mas precisa saber como isso vai ser feito", disse.

"Se a Telefônica não pode tomar decisões sobre a TIM, como vai fazer para discutir esse fatiamento? Vai ser o governo, o Cade, quem vai mandar fatiar?", questionou.

Bernardo disse ainda que as atuais concorrentes no mercado do Brasil não podem comprar o controle da TIM. "Uma empresa simplesmente comprar acho que não pode. Só de ter interferência já é um problema, imagina comprar", declarou.

O ministro das Comunicações garantiu ter ouvido especulações de que outros grupos que não atuam no país podem se interessar pela empresa. "Já ouvi dizer que tem outros players falando em entrar no negócio. Pode acontecer até de a TIM ser vendida para um terceiro."

Acompanhe tudo sobre:CadeEmpresasEmpresas abertasEmpresas espanholasPaulo BernardoPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosServiçosTelecomunicaçõesTelefônica

Mais de Negócios

Após crise de R$ 5,7 bi, incorporadora PDG trabalha para restaurar confiança do cliente e do mercado

Após anúncio de parceria com Aliexpress, Magalu quer trazer mais produtos dos Estados Unidos

De entregadores a donos de fábrica: irmãos faturam R$ 3 milhões com pão de queijo mineiro

Como um adolescente de 17 anos transformou um empréstimo de US$ 1 mil em uma franquia bilionária

Mais na Exame