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Ministro cobra da Petrobras decisão rápida sobre investimento no Comperj

De acordo com Moreira Franco, do Ministério de Minas e Energia, esses aportes seriam muito importantes para o Rio de Janeiro

Petrobras: o Comperj foi uma das obras interrompidas pela estatal diante de denúncias de esquema bilionário de corrupção (Mario Tama/Getty Images)

Petrobras: o Comperj foi uma das obras interrompidas pela estatal diante de denúncias de esquema bilionário de corrupção (Mario Tama/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 30 de julho de 2018 às 15h26.

Rio de Janeiro - A Petrobras precisa ser pressionada para que decida "o mais rápido possível" a respeito de investimentos no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), uma vez que esses aportes seriam muito importantes para o Estado do Rio de Janeiro, afirmou nesta segunda-feira o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco.

O ministro fez a afirmação sobre a estatal durante discurso em evento no Rio de Janeiro, enquanto explicava sobre a necessidade de se construir infraestrutura de transporte até o Porto do Açu, em investimentos que poderiam ter sinergia com o Comperj, da Petrobras.

"Convoco a vocês todos... para que possamos nos empenhar no sentido de conseguir avançar mais, aumentar nossa capacidade produtiva, e fazer uma pressão, não é nem lobby, porque lobby pode sermal entendido, fazer uma pressão junto à Petrobras para que decida, o mais rápido possível, a retomada daquele núcleo de produção que vai significar muito para o nosso Estado", disse Moreira Franco.

Questionado após o seu discurso, se o governo poderia cobrar esses investimentos da Petrobras, Moreira Franco afirmou esperar "que a Petrobras retome imediatamente a obra do Comperj, que é fundamental para a economia do nosso Estado... É indispensável, é uma contribuição imensa para geração de emprego, renda".

Moreira Franco defendeu a construção da ferrovia Rio-Vitória, considerada atualmente no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), uma grande obra de infraestrutura que prevê conectar o Comperj ao Porto do Açu. O ministro indicou que o atraso do Comperj prejudicou a construção da ferrovia, que precisa trazer rentabilidade.

Contexto

Após receber investimentos de 13 bilhões de dólares, o Comperj foi uma das obras interrompidas pela Petrobras diante de denúncias de um esquema bilionário de corrupção que envolveu políticos, partidos e grandes empresas de construção, investigado pela operação Lava Jato.

Em julho, a Petrobras assinou uma carta de intenções com a China National Petroleum Corporation International (CNPCI), subsidiária integral da CNPC, para retomar as obras na refinaria do Comperj e promover investimentos de revitalização na área de Marlim. Mas iniciativas mais concretas ainda não foram anunciadas.

O ministro reiterou que se encontrará nesta segunda-feira com o presidente da Petrobras, Ivan Monteiro, para fazer um apelo para que a companhia adie a parada de manutenção da plataforma de Mexilhão, grande produtora de gás, por temer que o momento não seja o ideal e evitar aumento dos custos de energia elétrica aos consumidores.

Moreira Franco falou durante evento de autorização para a implantação da usina térmica UTE GNA II, de 1,6 MW, no Porto do Açu, em São João da Barra, no Estado do Rio de Janeiro.O presidente da Prumo, José Magela, presente no evento, falou a jornalistas sobre a importância que teria a ferrovia Rio-Vitória.

"(A ferrovia) é fundamental não somente para o porto, mas também para o desenvolvimento de toda uma região do Rio de Janeiro e também do Espírito Santo", disse Magela, explicando que a empresa gostaria que a concessão do projeto fosse uma prioridade para o governo.

 

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