Mineradora de Eike aposta em negócio com Trafigura
A MMX está vendendo seus ativos de mineração à Trafigura, que tem sede em Amsterdã, como parte de um plano de reestruturação, aprovado pelos credores
Da Redação
Publicado em 15 de setembro de 2015 às 21h26.
Há um ano, a empresa de minério de ferro do ex-bilionário Eike Batista estava interrompendo a produção e enfrentando os credores em meio à queda dos preços.
Agora, ela planeja voltar à tona com a ajuda da trader de commodities Trafigura Beheer BV.
A MMX Sudeste Mineração SA está vendendo seus ativos de mineração à Trafigura, que tem sede em Amsterdã, como parte de um plano de reestruturação, aprovado pelos credores, que representa cerca de R$ 800 milhões (US$ 207 milhões) em dívidas, disse Ricardo Werneck, que dirige a empresa-mãe MMX Mineração e Metálicos SA, em entrevista.
A unidade também espera obter cerca de R$ 70 milhões com a venda de ativos de logística e fazendas, permitindo que os credores recuperem cerca de 30 por cento do valor de seus créditos, disse ele.
“Não existe opção melhor; a alternativa é o fracasso da empresa”, disse Werneck, 44. “A Trafigura é parte importante” do plano de recuperação, disse ele.
A MMX, que Eike listou em bolsa em 2006 quando o superciclo das commodities estava a todo vapor, interrompeu as operações em sua única unidade produtora em agosto de 2014 depois que o valor do ingrediente usado na fabricação do aço despencou e as dívidas se acumularam.
Em outubro, a MMX Sudeste, unidade que detém a maior parte dos ativos da empresa, entrou com pedido de recuperação judicial. Após meses de atrasos e negociações, os credores aprovaram no dia 28 de agosto um plano para recuperar a empresa.
Como parte da proposta, a Trafigura comprará dois ativos de mineração e processamento de minério de ferro no estado de Minas Gerais, no sudeste do Brasil, por cerca de R$ 140 milhões.
Os credores também terão a opção de continuar como acionistas minoritários dos ativos, disse Werneck. A empresa espera cumprir um conjunto de condições, incluindo a resolução de um litígio com a operadora ferroviária MRS Logística SA, até o final do ano.
Esse não é o primeiro negócio que a Trafigura fecha com a MMX. Juntamente com a Mubadala Development Co., um fundo soberano de investimento de Abu Dhabi, a trader comprou de Eike Batista, no ano passado, uma participação controladora em um projeto portuário para movimentação de minério de ferro no estado do Rio.
A instalação carregou em agosto o primeiro navio de minério de ferro de 80.000 toneladas com destino à China e espera entregar um segundo carregamento neste mês.
A Trafigura preferiu não comentar sobre seus negócios com a MMX. A empresa disse no mês passado que a aquisição de ativos é “uma oportunidade de expandir seus negócios, assim como complementar o investimento conjunto com a Mubadala no porto Sudeste”.
‘Missão Impossível 2’
Com a expectativa de que a venda de ativo seja finalizada até o final do ano, a MMX está trabalhando também na reestruturação de dívida mantida pela empresa-mãe, cujas obrigações incluem um empréstimo da International Business Machines Corp., disse Werneck na entrevista.
“Agora temos uma segunda etapa, Missão Impossível 2, que é implementar esse plano”, disse ele.
“Nós vamos trabalhar para ter uma empresa enxuta, reestruturada, com dinheiro suficiente para sobreviver até, digamos, julho de 2017”.
“No fim, o Eike terá essa empresa de volta e poderá decidir se deve investir em mineração novamente, porque ele é um empreendedor de coração”.
Há um ano, a empresa de minério de ferro do ex-bilionário Eike Batista estava interrompendo a produção e enfrentando os credores em meio à queda dos preços.
Agora, ela planeja voltar à tona com a ajuda da trader de commodities Trafigura Beheer BV.
A MMX Sudeste Mineração SA está vendendo seus ativos de mineração à Trafigura, que tem sede em Amsterdã, como parte de um plano de reestruturação, aprovado pelos credores, que representa cerca de R$ 800 milhões (US$ 207 milhões) em dívidas, disse Ricardo Werneck, que dirige a empresa-mãe MMX Mineração e Metálicos SA, em entrevista.
A unidade também espera obter cerca de R$ 70 milhões com a venda de ativos de logística e fazendas, permitindo que os credores recuperem cerca de 30 por cento do valor de seus créditos, disse ele.
“Não existe opção melhor; a alternativa é o fracasso da empresa”, disse Werneck, 44. “A Trafigura é parte importante” do plano de recuperação, disse ele.
A MMX, que Eike listou em bolsa em 2006 quando o superciclo das commodities estava a todo vapor, interrompeu as operações em sua única unidade produtora em agosto de 2014 depois que o valor do ingrediente usado na fabricação do aço despencou e as dívidas se acumularam.
Em outubro, a MMX Sudeste, unidade que detém a maior parte dos ativos da empresa, entrou com pedido de recuperação judicial. Após meses de atrasos e negociações, os credores aprovaram no dia 28 de agosto um plano para recuperar a empresa.
Como parte da proposta, a Trafigura comprará dois ativos de mineração e processamento de minério de ferro no estado de Minas Gerais, no sudeste do Brasil, por cerca de R$ 140 milhões.
Os credores também terão a opção de continuar como acionistas minoritários dos ativos, disse Werneck. A empresa espera cumprir um conjunto de condições, incluindo a resolução de um litígio com a operadora ferroviária MRS Logística SA, até o final do ano.
Esse não é o primeiro negócio que a Trafigura fecha com a MMX. Juntamente com a Mubadala Development Co., um fundo soberano de investimento de Abu Dhabi, a trader comprou de Eike Batista, no ano passado, uma participação controladora em um projeto portuário para movimentação de minério de ferro no estado do Rio.
A instalação carregou em agosto o primeiro navio de minério de ferro de 80.000 toneladas com destino à China e espera entregar um segundo carregamento neste mês.
A Trafigura preferiu não comentar sobre seus negócios com a MMX. A empresa disse no mês passado que a aquisição de ativos é “uma oportunidade de expandir seus negócios, assim como complementar o investimento conjunto com a Mubadala no porto Sudeste”.
‘Missão Impossível 2’
Com a expectativa de que a venda de ativo seja finalizada até o final do ano, a MMX está trabalhando também na reestruturação de dívida mantida pela empresa-mãe, cujas obrigações incluem um empréstimo da International Business Machines Corp., disse Werneck na entrevista.
“Agora temos uma segunda etapa, Missão Impossível 2, que é implementar esse plano”, disse ele.
“Nós vamos trabalhar para ter uma empresa enxuta, reestruturada, com dinheiro suficiente para sobreviver até, digamos, julho de 2017”.
“No fim, o Eike terá essa empresa de volta e poderá decidir se deve investir em mineração novamente, porque ele é um empreendedor de coração”.