Mineradora Codelco quer aposentar 3 mil para elevar eficiência
A maior mineradora de cobre do mundo quer reduizr em até 15 por cento sua mão de obra
Da Redação
Publicado em 25 de abril de 2011 às 14h44.
Santiago - A chilena Codelco, maior produtora mundial de cobre, irá propor aposentadoria a até 15 por cento de sua mão de obra em uma tentativa de cortar 3 mil empregos até o fim do ano e com isso aumentar sua eficiência, disse o novo CEO, Diego Hernandez, em entrevista a um jornal publicada na sexta-feira.
A Codelco está reestruturando seu quadro de funcionários para ajudar a melhorar a produtividade e competir em melhores condições com rivais mais enxutos do setor privado.
Embora pareça improvável no momento, uma ação trabalhista poderia prejudicar o suprimento do metal vermelho.
"Temos uma situação especial comparado com nossos competidores na mineração", disse Hernandez ao diário La Tercera, afirmando que a idade média dos trabalhadores é de 48 anos. Ele acrescentou que 21 por cento da força de trabalho está em licença médica ou cronicamente enferma.
"Isso afeta claramente a produtividade... na prática a Codelco não pode contar com um quinto de sua força de trabalho", acrescentou.
"Estamos falando em oferecer (aposentadorias) a 10-15 por cento dessa mão de obra."
Apesar de receber ajuda estatal para amparar sua produção decrescente, enquanto outras mineradoras reduziram a produção durante a crise econômica global, a Codelco enfrenta o desafio de cortar custos.
Especialistas da indústria com freqüência comparam a produtividade da Codelco à da Escondida, a maior mineradora de cobre do mundo operada pela BHP Billiton e Rio Tinto, que produz mais do que a gigantesca mina de Chuquicamata, da Codelco, com menos da metade dos trabalhadores.
Alguns dos mineiros da Codelco já passaram da idade de se aposentar, e Hernandez quer implementar uma mudança geracional na força de trabalho.
Hernandez declarou não ser pessoalmente favorável a planos de aposentadorias e afirmou que a reestruturação tem de ser feita nos próximos três a quatro meses.
"Não podemos esperar, não temos tempo", disse ele. "Isso deveria estar encerrado até 31 de dezembro, e durante este tempo também vamos fazer novas contratações. Assim, a força de trabalho irá diminuir, mas não sabemos o quanto."
Hernandez reorganizou as divisões de mineração da empresa e retirou dois vice-presidentes para melhorar a eficiência.
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