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Mineradora Anglo American irá demitir 53.000 em todo o mundo

O resultado dos cortes, segundo o presidente, seria um aumento da margem de 25% para 35%


	Anglo American na África do Sul: o resultado dos cortes seria um aumento da margem de 25% para 35%
 (Anglo American/Bloomberg News.)

Anglo American na África do Sul: o resultado dos cortes seria um aumento da margem de 25% para 35% (Anglo American/Bloomberg News.)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 24 de julho de 2015 às 11h58.

São Paulo - A mineradora Anglo American afirmou que irá cortar 53.000 postos de trabalho nos próximos anos, por conta da queda nos preços das commodities.

Os preços de ferro despencaram 41%, a platina caiu 19% e o cobre caiu 18%. Nem a extração de diamantes ajudou a salvar a empresa, afirmou o Wall Street Journal. A companhia reportou um prejuízo de 3 bilhões de dólares no primeiro semestre de 2015.

O presidente da empresa, Mark Cutifani, disse em apresentação a investidores que iria reestruturar seu portfólio e cortar custos e postos de trabalho.

O plano de contenção de custos foi dividido em duas etapas. Em primeiro lugar, a empresa espera diminuir custos em 500 milhões de dólares, com cortes de 6.000 empregos nos principais negócios da empresa.

Depois, irá vender parte de suas operações e redefinir o portfólio, reduzindo os ativos de 55 para 40. Nessa etapa, irá cortar 35% dos postos de trabalho, cerca de 53.000 empregos, do total de 151.200 funcionários em todo o mundo.

O resultado, segundo o presidente, seria um aumento da margem de 25% para 35%.

No Brasil

Por aqui, a Anglo American detém a operação Minas-Rio, que exporta minério de ferro e, segundo a companhia, é um dos maiores projetos do mundo.

A mineradora afirmou que a operação começou a acelerar nesse ano e que alcançará seu potencial máximo no segundo trimestre de 2016. 

No entanto, por causa do enfraquecimento nos preços de ferro, a empresa revisou os futuros ganhos da operação, reduzindo em 2,9 bilhões de dólares o seu valor. 

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