México suspende companhia aérea do avião que caiu em Cuba
Segundo autoridades mexicanas, a Global Air já tinha sido suspensa temporariamente de operar em duas ocasiões durante os últimos oito anos
EFE
Publicado em 21 de maio de 2018 às 21h42.
Cidade do México- As autoridades mexicanas suspenderam de forma temporária as operações da Global Air, a companhia aérea mexicana proprietária do Boeing 737-200 que caiu em Cuba com 113 pessoas a bordo, enquanto é realizada uma investigação sobre o ocorrido, segundo informou a Direção Geral de Aeronáutica Civil do México.
"A empresa está sendo notificada da suspensão temporária de atividades enquanto a verificação é realizada", explicou a instituição em comunicado.
De acordo com a entidade, a Global Air será submetida a uma "verificação extraordinária maior" com o objetivo de comprovar se a empresa cumpre todas as normas requeridas e para "reunir informação" sobre o acidente.
A companhia aérea, registrada como Aerolíneas Damojh, conta com uma frota de três aeronaves e até então dispunha de autorização para fretar aviões e tripulação a outras companhias como a Cubana de Aviación, empresa que operava o voo acidentado.
Além disso, as autoridades mexicanas informaram que a Global Air já tinha sido suspensa temporariamente de operar em duas ocasiões durante os últimos oito anos.
Em 4 de novembro de 2010, uma aeronave da companhia teve que realizar um pouso de emergência na cidade mexicana de Puerto Vallarta devido a uma falha técnica, o que rendeu uma suspensão de atividades para a companhia aérea entre novembro e dezembro desse ano.
Uma aeronave da empresa voltou a ser suspensa entre outubro de 2013 e janeiro de 2014 por causa do processo de Marco Aurelio Hernández, piloto da empresa, que denunciou irregularidades técnicas no funcionamento do aparelho.
A Global Air passou com sucesso na última verificação anual realizada pelas autoridades mexicanas, em novembro de 2017, e dispõe de um certificado de exploração de serviços aéreos vigente até 20 de janeiro de 2020.
A Aeronáutica Civil reivindicou no comunicado que "busca garantir a máxima segurança das operações aéreas" e por isso fará uma verificação "extraordinária" durante a suspensão da companhia.
O avião caiu na sexta-feira passada, pouco depois de decolar do aeroporto de Havana com 113 passageiros, a maioria cubanos, e seis tripulantes mexicanos. Apenas três mulheres sobreviveram.
A aeronave fazia a rota doméstica entre Havana e Holguín, uma província a quase 700 quilômetros da capital na qual residiam 67 das 110 vítimas. EFE