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Metalúrgicos da Embraer aceitam reajuste salarial de 9%

Reajuste vale para quem tem salário de até 8 mil reais

Trabalhadores na fábrica da Embraer: eles vão receber reajuste de 9% no salário (Germano Luders/EXAME)

Trabalhadores na fábrica da Embraer: eles vão receber reajuste de 9% no salário (Germano Luders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2010 às 11h08.

São Paulo - Trabalhadores do primeiro turno de trabalho da fabricante de aviões Embraer aprovaram nesta terça-feira proposta de aumento de salários de 9 por cento, afirma o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos.

O reajuste vale para quem tem salário de até 8 mil reais. Os trabalhadores que recebem acima desse valor receberão um valor fixo de 720 reais.

Segundo o sindicato, no início das negociações a proposta de reajuste era de 9 por cento, mas aplicada apenas aos funcionários com salários de até 4.673 reais. "O que deixaria cerca de 60 por cento dos trabalhadores de fora do benefício", afirma a entidade em comunicado à imprensa.

A categoria já ameaçava com greve desde 4 de novembro. A proposta será levada também aos trabalhadores de quatro empresas fornecedoras da Embraer e situadas na região de São José dos Campos (SP): Latecoere, C&D, Aernnova e Alestis.

"Todas as empresas haviam sido notificadas, no último dia 4, sobre o alerta de greve, com a perspectiva de deflagração por tempo indeterminado. Ao todo, essas empresas representam cerca de 14 mil trabalhadores em São José dos Campos e Jacareí", afirma a entidade.

Em 2009, quando o desempenho da Embraer foi atingido pela crise financeira internacional que derrubou a demanda pelos aviões da empresa, a companhia e o setor aeronáutico não assinaram acordo salarial, aplicando apenas reposição da inflação. O caso foi levado para dissídio coletivo e será julgado na quarta-feira, no Tribunal Regional do Trabalho, em Campinas, disse o sindicato.

Às 11h07, as ações da Embraer recuavam 0,63 por cento, enquanto o Ibovespa mostrava alta de 0,47 por cento.

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