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Merck suspende vendas nos EUA de aditivo para bovinos Zilmax

Fabricante suspendeu a venda do aditivo após preocupações com o uso do produto usado na ração de bovinos para aumentar o peso antes do abate


	Merck: Zilmax tem sido foco de atenção desde que a Tyson Foods anunciou que não irá mais aceitar para abate animais alimentados com Zilmax
 (AFP)

Merck: Zilmax tem sido foco de atenção desde que a Tyson Foods anunciou que não irá mais aceitar para abate animais alimentados com Zilmax (AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2013 às 17h51.

Chicago - A fabricante norte-americana de fármacos Merck disse nesta sexta-feira que está suspendendo temporariamente as vendas do aditivo nutricional Zilmax nos Estados Unidos e Canadá, após preocupações com o uso do produto usado na ração de bovinos para aumentar o peso antes do abate.

O Zilmax tem sido foco de atenção na indústria de carnes desde que a Tyson Foods anunciou na semana passada que não irá mais aceitar para abate animais alimentados com Zilmax.

A Reuters relatou no início da semana que a maior processadora de carnes dos EUA, a JBS USA, subsidiária da brasileira JBS, exibiu um vídeo durante uma conferência do setor mostrando animais com dificuldade de caminhar depois de terem sido alimentados com aditivos da categoria betagonistas, para ganho de peso.

O Zilmax é a marca líder de vendas entre os betagonistas.

A Merck disse que sua decisão irá dar tempo para a companhia implementar um plano anunciado na terça-feira para estabelecer protocolos de estudo e identificar confinadores e indústrias para participar de uma auditoria, enquanto cria uma comissão externa para supervisionar e validar os resultados.

A Merck disse nesta sexta-feira que continua confiante na segurança do produto, que teve vendas de 159 milhões de dólares no ano passado nos EUA e no Canadá. No entanto, a companhia acrescentou que irá conduzir uma auditoria para saber como o produto é usado "desde o confinamento até o frigorífico".

Também nesta sexta-feira, a Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA, em inglês) disse que está trabalhando com a Merck e com o Departamento de Agricultura dos EUA para recolher informações sobre o Zilmax e determinar se o produto impõe algum risco.

Analistas do setor pecuário disseram estar surpresos com a decisão da Merck, porque as ações anteriores da empresa para lidar com as preocupações em relação ao Zilmax não incluíram a suspensão das vendas.

"Eles expuseram uma estratégia nos últimos dias que não incluía a suspensão", disse o diretor do Centro de Informações de Mercado Pecuário, Jim Robb.

A suspensão das vendas não deverá causar grandes problemas para a produção de carne bovina na América do Norte se produtores migrarem para o Optaflexx, um promotor de crescimento menos potente vendido pela Elanco, divisão de saúde animal da Eli Lilly, disse Robb.

No Brasil, o uso de betagonistas na alimentação de bovinos é proibido pelo governo federal.

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