Negócios

Mercado Livre vai abrir centro de distribuição em Gravataí, seu 3º no país

Grupo fechou acordo com a companhia aérea Azul também para agilizar prazos de entregas

Centro de distribuição: Mercado Livre já tinha outras unidades em Louveira e Cajamar (SP) (Mercado Livre/Divulgação)

Centro de distribuição: Mercado Livre já tinha outras unidades em Louveira e Cajamar (SP) (Mercado Livre/Divulgação)

R

Reuters

Publicado em 31 de outubro de 2019 às 17h54.

Última atualização em 31 de outubro de 2019 às 17h58.

São Paulo — O Mercado Livre vai abrir um centro de distribuição, seu terceiro no país, em Gravataí (RS), no primeiro trimestre de 2020, como parte do esforço para reduzir os prazos de entregas de encomendas e enfrentar a crescente concorrência no país.

"Isso é parte do nosso planejamento de médio prazo de ampliar mais a nossa malha logística", disse à Reuters o vice-presidente do Mercado Livre para América Latina, Stelleo Tolda.

Segundo o executivo, a abertura do centro tomará parte dos 3 bilhões de reais de investimentos previstos para 2019 para atingir a meta do Mercado Livre fazer ao menos metade de suas entregas de encomendas no país em até 48 horas.

A inauguração do novo centro acontecerá cerca de um ano após o grupo ter aberto um depósito de 111 mil metros quadrados em Cajamar (SP), perto de onde a rival Amazon instalou o seu. O Mercado Livre já tinha outra unidade em Louveira (SP). A Reuters havia publicado em junho que a companhia planejava a abertura do terceiro centro.

O movimento acontece meses após o maior grupo integrado de comércio eletrônico e de serviços financeiros da América Latina, com sede na Argentina, ter fechado acordo com a companhia aérea Azul também para agilizar prazos de entregas.

Segundo Tolda, outros centros de logística do Mercado Livre devem ser abertos no país nos próximos anos, mas ele declinou de falar sobre regiões e prazos.

Resultado

A receita líquida do Mercado Livre no terceiro trimestre cresceu para 603 milhões de dólares, avanço de 69,7% sobre um ano antes, com a operação Brasil respondendo por 65% do total. As receitas do marketplace aumentaram 70,9% ano a ano.

No entanto, o grupo viu o prejuízo líquido subir dos 14,3 milhões de dólares do terceiro trimestre de 2018 para 66,9 milhões, refletindo maiores gastos com marketing.

O volume transacionado por meio de seu braço de pagamentos, o Mercado Pago, alcançou 7,6 bilhões de dólares, aumento ano a ano de 66,2%. O volume de pagamentos fora do Mercado Livre somou 4 bilhões de dólares, alta de 140,4% ano a ano e superando pela primeira vez num trimestre o movimentado dentro da plataforma.

O volume de vendas (GMV) somou 3,6 bilhões de dólares, alta de 21,6% em dólar em relação ao ano anterior. O marketplace da companhia vendeu 98 milhões de itens, alta de 17,3% ano a ano.

As ações da companhia listadas em Nova York fecharam o dia em queda de 5,36 por cento, cotadas a 521,52 dólares, em meio a um movimento de baixa dos mercados norte-americanos.

Acompanhe tudo sobre:Mercado LivreRio Grande do Sul

Mais de Negócios

De ex-condenado a bilionário: como ele construiu uma fortuna de US$ 8 bi vendendo carros usados

Como a mulher mais rica do mundo gasta sua fortuna de R$ 522 bilhões

Ele saiu do zero, superou o burnout e hoje faz R$ 500 milhões com tecnologia

"Bar da boiadeira" faz investimento coletivo para abrir novas unidades e faturar R$ 90 milhões