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McDonald's limitará uso de antibióticos em frangos

Decisão faz parte dos esforços para conter a resistência a esses medicamentos e o surgimento de superbactérias

McDonald's: limitação de antibióticos deve estar totalmente implementada até janeiro de 2027 (Joe Raedle/Getty Images)

McDonald's: limitação de antibióticos deve estar totalmente implementada até janeiro de 2027 (Joe Raedle/Getty Images)

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AFP

Publicado em 24 de agosto de 2017 às 09h08.

A rede de fast-food McDonald's anunciou que começará a limitar, em nível global, o uso de antibióticos em frangos a partir de 2018, no âmbito dos esforços para conter a resistência a esses medicamentos, assim como o surgimento de superbactérias.

A decisão complementa o movimento iniciado pela rede no mercado americano em 2016 e se aplica a drogas que também são usadas na medicina humana, chamadas de Antimicrobianos da Mais Alta Prioridade Criticamente Importante (HPCIA, na sigla em inglês) pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

"Começando em 2018, vamos implementar uma nova política de antibióticos para criação de frango nos mercados ao redor do mundo", informou a empresa em nota divulgada na quarta-feira.

Em 2018, os HPCIAs serão eliminados da criação de aves no Brasil, Canadá, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos e Europa. A exceção será para o antibiótico colistina na Europa. Essa política incluirá Austrália e Rússia até o final de 2019, quando a colistina na Europa for gradualmente eliminada.

A medida deve estar totalmente implementada até janeiro de 2027, embora a rede afirme que "nosso objetivo é ter essa política adotada antes dessa data".

Por décadas, os cientistas apontam uma ligação entre o uso de antibióticos em animais e a diminuição da eficácia dessas drogas na medicina humana.

De acordo com os Centros para Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, os CDCs, pelo menos dois milhões de pessoas são infectadas no país com bactérias resistentes a antibióticos todos os anos, levando a cerca de 23 mil óbitos. Estimativas apontam que, em algumas décadas, as superbactérias serão mais letais do que câncer.

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