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Matriz da Siemens operou conta em paraíso fiscal, diz ex-CEO

Ex-presidente da companhia no Brasil alega que a conta foi aberta em 2003 por um diretor financeiro da companhia, com anuência da cúpula da matriz alemã

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	Prédio da Siemens na Alemanha: conta da companhia em Luxemburgo teria acumulado US$ 6 milhões
 (Joerg Koch/Getty Images)

Prédio da Siemens na Alemanha: conta da companhia em Luxemburgo teria acumulado US$ 6 milhões (Joerg Koch/Getty Images)

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Fausto Macedo, Fernando Gallo

Publicado em 25 de agosto de 2013 às, 15h25.

São Paulo - O engenheiro Adilson Antônio Primo, que por dez anos presidiu a Siemens no Brasil, afirma que uma conta no paraíso fiscal de Luxemburgo foi "operacionalizada" pela matriz da multinacional na Alemanha. Ele alega que a conta, que acumulou 6 milhões, foi aberta em 2003 por um diretor financeiro da companhia, com anuência da cúpula da matriz alemã. "Naquela ocasião, a Siemens tinha certas contas, as chamadas contas de compensação", disse.

Primo ocupou a presidência da Siemens Brasil de outubro de 2001 até 2011. Ex-executivos da empresa relataram, em acordo de leniência com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que a multinacional atuou em esquema de cartel no País de 1998 a 2008.

A ascensão do mineiro de São Lourenço na Siemens começou ao se formar engenheiro elétrico pela Universidade Federal de Itajubá (Unifei). Primo "saiu para o mundo" em 1976, aos 23 anos, ao ganhar uma bolsa-convênio da empresa alemã. Viveu três anos em Erlangen, perto de Nuremberg.

De volta ao Brasil, em 1980, Primo foi contratado como engenheiro de vendas, passou pelo marketing e subiu até chegar ao topo da multinacional. Hoje, move um processo na Justiça do Trabalho contra a empresa. No início de janeiro, o ex-número 1 da Siemens Brasil aceitou salário de R$ 5,6 mil e o convite de Rodrigo Riera (PMDB), prefeito de Itajubá (MG), para assumir a Secretaria de Coordenação-Geral e Gestão da cidade de 96 mil habitantes na Serra da Mantiqueira.

Primo não foi citado no acordo de leniência que executivos da companhia firmaram com o Cade, mas, diante da crise que colocou a Siemens no centro do grande escândalo dos cartéis para fraudes em licitações, pediu exoneração, a fim de evitar constrangimentos ao amigo prefeito. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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