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Marubeni confirma interesse na Eneva

Uma fatia de 23,9% do negócio estaria em jogo, segundo informações de mercado

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 23 de dezembro de 2013 às 08h07.

São Paulo - Um dos principais vetores de crescimento da gigante japonesa Marubeni, mais conhecida no Brasil como uma das maiores exportadores de grãos para a Ásia, é o setor de energia. Por aqui, as commodities ainda representam o grosso do faturamento, enquanto lá fora as matérias-primas contribuem só com 40% da receita anual, que superou a marca de US$ 47 bilhões no último ano fiscal.

Para corrigir esse descompasso, a Marubeni negocia a compra de uma fatia da Eneva , ex-MPX, que hoje é uma sociedade entre o empresário Eike Batista e a alemã E.ON .

As negociações em relação ao grupo de energia já se arrastam há alguns meses, conforme noticiou o jornal O Estado de São Paulo em setembro. Uma fatia de 23,9% do negócio estaria em jogo, segundo informações de mercado.

A multinacional alemã, no entanto, teria vetado a entrada de seus principais concorrentes na Eneva, entre eles o grupo francês GDF Suez, que recentemente também anunciou a intenção de crescer fortemente no País.

O presidente da Marubeni para o Brasil e a América do Sul, Yoji Ibuki, confirmou o interesse na empresa de energia criada pelo grupo EBX - que atualmente tem duas empresas em recuperação judicial, a petroleira OGX e a construtora naval OSX - e frisou que as negociações continuam em curso.


A operação está sendo considerada pela Marubeni porque a empresa afirma não ter interesse em competir por ativos ofertados dentro do modelo de concessões atual do governo, pois considera os retornos muito baixos. “Acaba sendo melhor deixar o dinheiro no banco”, diz Ibuki.

Essa dificuldade em se estabelecer em novos setores acabou criando uma situação atípica na América do Sul, admite o executivo. Segundo Ibuki, a região é importante para a Marubeni, mas o principal mercado não é o Brasil, a principal economia, e sim o Chile.

Por lá, a empresa está bem estabelecida com projetos de infraestrutura. “Administramos a terceira maior empresa de água do país”, exemplifica. A empresa também mantém no Chile um grande projeto de mineração de cobre.

Depois da movimentação de grãos, o segundo principal negócio da Marubeni no País é o investimento em plataformas de produção de petróleo para a Petrobras, em que atua como sócia de outra parceira da estatal brasileira, a também japonesa Modec. A companhia mantém ainda atividades de mineração na Bahia e também é dona da Companhia Iguaçu de Café Solúvel, no Paraná.

Com o café produzido no País, a empresa entrou no varejo em alguns mercados - a marca Amigo, por exemplo, é líder na Romênia -, mas a Marubeni considera o potencial do negócio limitado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo - Um dos principais vetores de crescimento da gigante japonesa Marubeni, mais conhecida no Brasil como uma das maiores exportadores de grãos para a Ásia, é o setor de energia. Por aqui, as commodities ainda representam o grosso do faturamento, enquanto lá fora as matérias-primas contribuem só com 40% da receita anual, que superou a marca de US$ 47 bilhões no último ano fiscal.

Para corrigir esse descompasso, a Marubeni negocia a compra de uma fatia da Eneva , ex-MPX, que hoje é uma sociedade entre o empresário Eike Batista e a alemã E.ON .

As negociações em relação ao grupo de energia já se arrastam há alguns meses, conforme noticiou o jornal O Estado de São Paulo em setembro. Uma fatia de 23,9% do negócio estaria em jogo, segundo informações de mercado.

A multinacional alemã, no entanto, teria vetado a entrada de seus principais concorrentes na Eneva, entre eles o grupo francês GDF Suez, que recentemente também anunciou a intenção de crescer fortemente no País.

O presidente da Marubeni para o Brasil e a América do Sul, Yoji Ibuki, confirmou o interesse na empresa de energia criada pelo grupo EBX - que atualmente tem duas empresas em recuperação judicial, a petroleira OGX e a construtora naval OSX - e frisou que as negociações continuam em curso.


A operação está sendo considerada pela Marubeni porque a empresa afirma não ter interesse em competir por ativos ofertados dentro do modelo de concessões atual do governo, pois considera os retornos muito baixos. “Acaba sendo melhor deixar o dinheiro no banco”, diz Ibuki.

Essa dificuldade em se estabelecer em novos setores acabou criando uma situação atípica na América do Sul, admite o executivo. Segundo Ibuki, a região é importante para a Marubeni, mas o principal mercado não é o Brasil, a principal economia, e sim o Chile.

Por lá, a empresa está bem estabelecida com projetos de infraestrutura. “Administramos a terceira maior empresa de água do país”, exemplifica. A empresa também mantém no Chile um grande projeto de mineração de cobre.

Depois da movimentação de grãos, o segundo principal negócio da Marubeni no País é o investimento em plataformas de produção de petróleo para a Petrobras, em que atua como sócia de outra parceira da estatal brasileira, a também japonesa Modec. A companhia mantém ainda atividades de mineração na Bahia e também é dona da Companhia Iguaçu de Café Solúvel, no Paraná.

Com o café produzido no País, a empresa entrou no varejo em alguns mercados - a marca Amigo, por exemplo, é líder na Romênia -, mas a Marubeni considera o potencial do negócio limitado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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