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MAP Linhas Aéreas suspende todas as operações por coronavírus

A paralisação envolve todas as operações regulares da companhia, inclusive no Sudeste, principalmente no Aeroporto de Congonhas

Avião (Issarawat Tattong/Getty Images)

Karin Salomão

Publicado em 18 de março de 2020 às 14h47.

Última atualização em 18 de março de 2020 às 15h19.

A companhia aérea MAP suspendeu hoje, 18, todos os seus voos temporariamente. A paralisação irá até domingo, dia 22, por causa da redução nas demandas devido à pandemia do novo coronavírus.

A interrupção envolve todas as operações regulares da companhia, não apenas as rotas na Região Norte como também nas cidades operadas no Sudeste, principalmente no Aeroporto de Congonhas.

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"Estamos passando por uma queda acentuada na demanda pelo transporte aéreo, com a redução da venda de passagens e o aumento nos pedidos de cancelamento e no-show dos passageiros nos aeroportos", escreveu a empresa em comunicado.

Durante a paralisação, a empresa deverá manter apenas as operações de um contrato de fretamento operado no Norte do Brasil. A companhia aérea atende 17 destinos no país.

Para os passageiros que tiveram seus voos cancelados, a MAP diz que irá facilitar a remarcação para qualquer data futura ou mesmo postergando o crédito para uso em viagens futuras. Esses passageiros serão contatados pela empresa.

A MAP foi adquirida em agosto do ano passado pela Passaredo, que entrou com força no aeroporto mais movimentado do país, o de Congonhas, em São Paulo, com a compra e a distribuição de direitos de pouso e decolagem da Avianca Brasil. Juntas, as duas companhias aéreas são responsáveis por menos de 0,5% do mercado de aviação no país.

Crise no setor

A MAP não foi a única a ver uma queda acentuada nas operações em resposta ao coronavírus. Ontem a Gol cancelou todos os voos internacionais para “garantir a segurança de clientes e colaboradores” e “adequar as operações ao novo cenário da demanda por transporte aéreo”, segundo o comunicado à imprensa.

A Latam realizou um corte de 70% em toda a sua operação. A Azul anunciou redução de sua capacidade consolidada de 20% a 25% no mês de março, e entre 35% e 50% em abril e nos meses seguintes, até que a situação se normalize.

A companhia aérea também suspendeu todos os voos internacionais, exceto os que partem de Campinas, no interior paulista. A aérea também anunciou a suspensão de voos para Bariloche, na Argentina, e para dez cidades brasileiras.

As companhias aéreas negociam com os ministérios de Infraestrutura e Economia uma linha de crédito para capital de giro, postergação do recolhimento de impostos e regras diferenciadas para a devolução de passagens aos consumidores.

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