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Maior banco do Sudeste Asiático corta 30% do bônus de CEO após falhas na operação digital

DBS teve dois apagões no ano passado nos serviços digitais para clientes

Analistas esperam que os lucros do banco podem desacelerar na segunda metade do ano (tang90246/Getty Images)
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 7 de fevereiro de 2024 às 05h32.

O Grupo DBS de Singapura, o maior banco do Sudeste Asiático, relatou lucros recordes para o ano em 2023, mas reduziu a remuneração de seus principais executivos para "responsabilizá-los" por uma série de interrupções dos serviços digitais no ano passado.

O CEO Piyush Gupta teve um corte de 30% em seus bônus, totalizando US$ 3,08 milhões, informou o banco.

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No ano passado, o lucro líquido saltou 26% para um recorde de US$ 7,6 bilhões, ante US$ 6,2 bilhões em 2022. O DBS também relatou um lucro líquido de US$ 1,79 bilhão no quarto trimestre, acima das expectativas do mercado e 2% maior que o lucro do mesmo período do ano anterior.

O DBS foi o primeiro dos três principais bancos de Singapura a relatar ganhos no quarto trimestre e manteve sua previsão de receita líquida para 2024 para o mesmo nível do ano anterior.

"Embora as taxas de juros devam cair e as tensões geopolíticas persistam, estaremos em boa posição para sustentar nosso desempenho no próximo ano", disse o CEO do DBS, Piyush Gupta, em comunicado.

Sobre a redução da remuneração de sua alta cúpula, o banco disse que o bônus foi reduzido coletivamente em 21% em relação ao ano anterior para contabilizar uma série de interrupções nos serviços digitais durante 2023.

Em março do ano passado, os serviços digitais do DBS foram interrompidos por cerca de 10 horas e, durante esse tempo, os usuários não puderam acessar os serviços bancários online ou fazer negociações por meio de sua corretora. A Autoridade Monetária de Cingapura posteriormente disse que a interrupção foi "inaceitável" e que o trabalho do DBS "ficou aquém das expectativas". Hove outra apagão em outubro.

Analistas esperam que os lucros do banco podem desacelerar na segunda metade do ano à medida que os bancos centrais pelo mundo comecem a cortar juros.

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