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Luxemburgo dá tiro de misericórdia no grupo Espírito Santo

Justiça do país negou aos dois principais holdings do grupo financeiro o pedido de proteção contra os credores, que estão agora a um passo da liquidação

BES: ativos do Espirito Santo International e do Rioforte serão colocados em liquidação (Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2014 às 17h49.

Lisboa - A justiça luxemburguesa negou nesta sexta-feira aos dois principais holdings do grupo financeiro português Espírito Santo o pedido de proteção contra os credores e por isso agora estão a um passo da liquidação, segundo comunicados em separado.

Agora, os ativos do Espirito Santo International (ESI) e do Rioforte serão colocados em liquidação pelo tribunal de comércio de Luxemburgo , onde as duas sociedades têm suas sedes.

"O tribunal de Luxemburgo (...) rejeitou os pedidos por gestão controlada apresentados pelo Espírito Santo International no dia 18 de julho de 2014 e pelo Rioforte em 22 de julho de 2014", anunciou o comunicado, sem explicar os motivos da decisão.

A "gestão controlada" é um regime que equivale ao concurso de credores, e que daria às holdings um prazo extra para o pagamento das suas dívidas.

A decisão da justiça de Luxemburgo constitui a etapa final no desmantelamento do grupo familiar português, após a liquidação na semana passada de outras duas entidades, a holding Espírito Santo Financial Group (ESFG), que era a principal acionista do Banco Espírito Santo (BES), e sua filial Espírito Santo Financière (ESFIL).

O Banco Espírito Santo era o maior banco privado de Portugal até ser transformado no dia 3 de agosto em um "banco ruim", encarregado de liquidar seus ativos tóxicos, e em particular, os títulos da dívida do resto do grupo.

Ao mesmo tempo, as autoridades portuguesas reagruparam os bons ativos da entidade em uma nova chamada Novo Banco, que recebeu uma injeção de capital de 4,9 bilhões de euros, 3.900 deles consistentes em um empréstimo do Estado.

A queda do gigante financeiro português começou com a descoberta no fim de maio de irregularidades na contabilidade da holding Espírito Santo International, o que precipitou a saída em junho do diretor-geral do banco, Ricardo Salgado.

Uma série de investigações judiciais colocou a família Espírito Santo em destaque por ter utilizado o banco para financiar suas dívidas, estimadas em mais de 6 bilhões de euros.

Portugal assiste agora ao colapso de um conglomerado que sempre foi ligado intimamente ao poder político e onipresente no país, com empresas dos setores de saúde, seguros, mercado imobiliário e hotelaria.

O colapso não vai repercutir apenas em Portugal, onde o grupo opera há 150 anos, mas também se estenderá a outras empresas ligadas ao banco em outros países, como Suíça, Angola e Estados Unidos.

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"O tribunal de Luxemburgo (...) rejeitou os pedidos por gestão controlada apresentados pelo Espírito Santo International no dia 18 de julho de 2014 e pelo Rioforte em 22 de julho de 2014", anunciou o comunicado, sem explicar os motivos da decisão.

A "gestão controlada" é um regime que equivale ao concurso de credores, e que daria às holdings um prazo extra para o pagamento das suas dívidas.

A decisão da justiça de Luxemburgo constitui a etapa final no desmantelamento do grupo familiar português, após a liquidação na semana passada de outras duas entidades, a holding Espírito Santo Financial Group (ESFG), que era a principal acionista do Banco Espírito Santo (BES), e sua filial Espírito Santo Financière (ESFIL).

O Banco Espírito Santo era o maior banco privado de Portugal até ser transformado no dia 3 de agosto em um "banco ruim", encarregado de liquidar seus ativos tóxicos, e em particular, os títulos da dívida do resto do grupo.

Ao mesmo tempo, as autoridades portuguesas reagruparam os bons ativos da entidade em uma nova chamada Novo Banco, que recebeu uma injeção de capital de 4,9 bilhões de euros, 3.900 deles consistentes em um empréstimo do Estado.

A queda do gigante financeiro português começou com a descoberta no fim de maio de irregularidades na contabilidade da holding Espírito Santo International, o que precipitou a saída em junho do diretor-geral do banco, Ricardo Salgado.

Uma série de investigações judiciais colocou a família Espírito Santo em destaque por ter utilizado o banco para financiar suas dívidas, estimadas em mais de 6 bilhões de euros.

Portugal assiste agora ao colapso de um conglomerado que sempre foi ligado intimamente ao poder político e onipresente no país, com empresas dos setores de saúde, seguros, mercado imobiliário e hotelaria.

O colapso não vai repercutir apenas em Portugal, onde o grupo opera há 150 anos, mas também se estenderá a outras empresas ligadas ao banco em outros países, como Suíça, Angola e Estados Unidos.

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