São Paulo - A Embraer apurou no segundo trimestre deste ano um lucro líquido consolidado de R$ 109 milhões, ante um ganho líquido de R$ 480,5 milhões em igual intervalo de 2009, conforme demonstração financeira no padrão contábil IFRS (relatórios financeiros internacionais).

Trata-se de uma baixa de 77,31% no lucro. A empresa também divulgou um lucro líquido atribuído de R$ 101,7 milhões no segundo trimestre, valor 78,6% inferior aos R$ 475,3 milhões lançados um ano atrás pelo mesmo critério. A Embraer informou que, apesar de não ter efeito caixa, o efeito da variação cambial sobre o cálculo do imposto de renda influenciou o lucro líquido da empresa.

A geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de despesas financeiras, impostos, depreciação e amortizações) atingiu R$ 297,7 milhões, um declínio de 44,04% sobre o período de abril a junho de 2009.

Ao mesmo tempo, a margem Ebitda atingiu 12,2%, abaixo do 17,6% de margem anotado em intervalo correspondente do ano passado. A receita líquida de vendas no segundo trimestre somou R$ 2,435 bilhões no balanço divulgado hoje, o que representa uma redução de 19,55% sobre o indicado um ano atrás.

No primeiro semestre, o ganho líquido de R$ 158,3 milhões indicou 69,81% de baixa ante a rubrica de período correspondente de 2009 (R$ 524,5 milhões). O lucro líquido atribuído, por sua vez, somou R$ 145,7 milhões. No acumulado do ano, a receita líquida somou R$ 4,218 bilhões e mostrou 26% de queda ante janeiro-junho de 2009. O Ebitda totalizou R$ 507,1 milhões, mas no balanço não há referência sobre essa rubrica nos primeiros seis meses de 2009.

No começo de julho, a Embraer havia informado que encerrou o segundo trimestre de 2010 com uma carteira de pedidos firmes a entregar (backlog) de US$ 15,2 bilhões, o que representa uma baixa de 5% em relação aos US$ 16 bilhões do trimestre anterior. Entre abril e junho, a fabricante entregou 69 jatos para os segmentos de aviação comercial e executiva. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, houve um aumento de 19 para 40 jatos executivos e uma redução de 35 para 29 aviões comerciais entregues.