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Lucro do Bradesco tem alta de 1,7% no 2º trimestre

O banco teve lucro líquido contábil de R$ 2,833 bilhões

Banco: no semestre, o ganho foi de R$ 5,6 bilhões, expansão de 2,5% (Germano Lüders/EXAME)

Banco: no semestre, o ganho foi de R$ 5,6 bilhões, expansão de 2,5% (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2012 às 07h38.

São Paulo - O Bradesco anunciou na manhã desta segunda-feira lucro líquido contábil de R$ 2,833 bilhões no segundo trimestre, alta de 1,7% ante o mesmo período do ano passado e de 1,4% ante os meses de janeiro a março de 2012. No semestre, o ganho foi de R$ 5,6 bilhões, expansão de 2,5%. O retorno anualizado sobre o patrimônio líquido foi de 20,6% ante 23,2% no segundo trimestre do ano passado.

O aumento dos ganhos, segundo o banco, ocorreu por conta do crescimento das vendas de seguros, melhora das operações de crédito e expansão das receitas com tarifas e serviços bancários.

A carteira de crédito total do banco, que inclui avais e fianças, encerrou junho em R$ 364,9 bilhões, crescimento de 14,1% ante o mesmo mês do ano passado e de 4% no trimestre. O destaque foi o segmento de pessoa jurídica, com expansão de 16,5% (e 4,8% no trimestre). Os empréstimos para pessoas físicas cresceram 9,1%.

Na área de seguros, que respondeu por 31% do lucro do Bradesco, os prêmios retidos, as vendas de planos de previdência e títulos de capitalização cresceram 20% e somaram R$ 11,6 bilhões no segundo trimestre. As receitas com serviços e tarifas aumentaram 14% em 12 meses, para R$ 4,3 bilhões.

O Bradesco terminou o segundo trimestre com ativos totais de R$ 830,5 bilhões, alta de 20,5% em 12 meses. O patrimônio líquido do banco ficou em R$ 63,9 bilhões, aumento de 21%.

Ajustes

O Bradesco também divulgou lucro líquido ajustado de R$ 2,867 bilhões no segundo trimestre. A diferença em relação ao resultado contábil se deve a provisões para causas cíveis e efeitos fiscais. No primeiro semestre, o ganho ajustado foi de R$ 5,712 bilhões.

Inadimplência

O Bradesco teve nova alta do índice de inadimplência no segundo trimestre. O indicador fechou junho em 4,2%, considerando os atrasos acima de 90 dias, pouco acima dos 4,1% do primeiro trimestre deste ano. A expansão foi puxada pela carteira de empréstimos a grandes empresas. Foi o quinto trimestre consecutivo com alta da inadimplência, que vem subindo desde março de 2011. Naquele mês, o indicador estava em 3,6%.


O indicador para atrasos nas carteiras de pessoa física ficou estável em 6,2% no segundo trimestre ante o primeiro. Na pequena e média empresa também houve estabilidade, com a inadimplência se mantendo em 4,2%. Já na grande empresa, houve aumento de 0,4% (índice do final de março) para 0,9%.

Ante a inadimplência maior, o Bradesco fez novo reforço das provisões para devedores duvidosos. A despesa com provisões foi de R$ 3,4 bilhões no segundo trimestre, alta de 10% ante o primeiro período do ano. No semestre, elas cresceram 35%.

Outro fator que levou o banco a reforçar as provisões, de acordo com o balanço, foi a expectativa de perdas nos empréstimos a determinadas empresas, que se encontram em processo de reestruturação de dívida.

O saldo total das provisões para devedores duvidosos do Bradesco no final de junho era de R$ 20,7 bilhões. Desse total, R$ 16,7 bilhões são de provisões exigidas pelo Banco Central e R$ 4 bilhões de provisões excedentes.

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