Negócios

Lucro da Trip cai 30% em 2010, para R$ 20 milhões

No período, a empresa ampliou a frota aérea de 27 para 43 unidades, além de ter recebido mais de um milhão de novos passageiros

Ao longo deste ano, mais 11 destinos devem passar a ser oferecidos pela companhia aérea (Divulgação)

Ao longo deste ano, mais 11 destinos devem passar a ser oferecidos pela companhia aérea (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 5 de abril de 2011 às 08h46.

São Paulo - A Trip Linhas Aéreas registrou lucro líquido de R$ 20 milhões em 2010. O resultado é 30% inferior ao de 2009, que foi de R$ 28,5 milhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), porém, cresceu cerca de 120%. Passou de R$ 52 milhões em 2009 para R$ 113,6 milhões em 2010, elevando a margem Ebitda de 12% para 15,8%.

Já a medida Ebitdar alcançou 21,2%, ante 15,7% em 2009, e totalizou R$ 152 milhões. O Ebitdar é equivalente ao Ebitda antes das despesas com arrendamento de aeronaves (denominado em dólares), parâmetro mais avaliado pelo mercado para o desempenho operacional de companhias aéreas.

Segundo o presidente da empresa, José Mario Caprioli, a queda no lucro líquido ocorreu devido a "questões contábeis". "Em 2009, tivemos ganhos devido à variação cambial", afirmou à Agência Estado. Sobre o forte crescimento no Ebitda, ele considera que foi fundamental a estratégia da empresa de crescer focada no mercado em que atua: o de cidades de pequena e média densidade.

No ano passado, a Trip ampliou sua frota de 27 para 43 aeronaves e transportou 3,3 milhões de passageiros, ante 1,9 milhão em 2009. Ela oferecia voos para 73 cidades e encerrou o ano passado com 82 destinos. A receita da companhia passou de R$ 450 milhões para R$ 747 milhões, muito próxima da projeção de R$ 750 milhões apresentada pelos executivos durante entrevista à imprensa no final de janeiro.

As estimativas para 2011 divulgadas no início deste ano estão mantidas. De acordo com Caprioli, o faturamento da Trip deve somar R$ 1,3 bilhão. Ao longo deste ano, mais 11 destinos devem passar a ser oferecidos pela companhia aérea, que espera chegar a dezembro com 57 aviões.

TAM

Sobre a carta de intenções assinada pela TAM para entrar no capital da empresa, anunciada na semana passada, Caprioli disse que, se confirmada, a possibilidade de uma futura oferta pública inicial de ações (IPO) não está descartada. "A entrada de um novo sócio e um futuro IPO não são excludentes", disse. "Mas, obviamente, a capitalização da empresa agora com a chegada de um novo sócio torna o IPO algo desnecessário no curtíssimo prazo." Em janeiro, Caprioli disse que um IPO não ocorreria num prazo inferior a dois anos.

Na quarta-feira da semana passada, a TAM anunciou que está negociando a aquisição de 31% da Trip e que o acordo deve ser concluído em até 90 dias. Caso a negociação seja fechada, o grupo que atualmente detém o controle da Trip, formado pelas empresas Caprioli e Águia Branca, deverá ficar com cerca de 60% das ações ordinárias, que dão direito a voto. A TAM ficará com 25% de participação no bloco de controle e a americana SkyWest, com 15%. O valor do negócio não foi divulgado.

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