Lucro da Petrobras fica estável no 3º trimestre
Pesquisa da Reuters aponta lucro de R$5,5 bilhões, com aumento da receita neutralizado por defasagem dos derivados
Da Redação
Publicado em 24 de outubro de 2013 às 20h06.
Rio de Janeiro - A lucro da Petrobras no terceiro trimestre deve ficar estável em relação a um ano antes, diante de um aumento na receita de vendas neutralizado pela desafasagem entre preços domésticos e internacionais.
O esperado crescimento da produção só deve começar a ocorrer efetivamente nos últimos três meses do ano, postergando maiores ganhos da petroleira.
Pesquisa da Reuters com sete projeções de analistas de mercado aponta para lucro líquido de 5,5 bilhões de reais no terceiro trimestre, em média, ante um resultado de 5,56 bilhões de reais no mesmo período do ano passado.
"Prevemos um aumento nas receitas acompanhado por compressão das margens, principalmente devido ao 'gap' nos preços dos combustíveis", diz relatório do Bradesco assinado pelos analistas Auro Rozenbaum, Carlos Firetti e Marcos Dong.
A média de projeções calculada pela Reuters indica um aumento da ordem de 6,6 por cento da receita com vendas da Petrobras, em meio à alta de 7 por cento no preço do petróleo no trimestre.
Mas a manutenção dos preços do diesel e da gasolina no mercado interno no terceiro trimestre, diante de uma alta no exterior e com dólar mais forte, afetou a petroleira, que importa combustíveis para atender a demanda.
"Estamos esperando piores resultados operacionais, impactados pela produção permanecendo baixa e o fraco desempenho do segmento downstream, como resultado dos custos de importação dada a valorização do dólar", avaliam os analistas Leonardo Alves e Tiago Costa, da Votorantim Corretora.
O impacto do dólar mais forte no resultado da companhia, especialmente na dívida, poderá ser diluído por uma nova contabilidade que a petroleira iniciou no segundo trimestre.
O lucro líquido da petroleira no segundo trimestre superou as expectativas do mercado com uma mudança contábil para reduzir o efeito da alta do dólar no endividamento.
Produção
As exportações da estatal, porém, estão cada vez mais modestas, devido à maior necessidade de refino com o crescimento da demanda por derivados. Os esforços para produzir mais combustíveis e reduzir ao máximo a necessidade de importações de derivados demandam mais petróleo da estatal.
Os bancos de investimento apostam em pequeno atraso no cronograma para novos sistemas, com leve queda na produção em relação a um ano antes.
"A possibilidade de um pequeno declínio na produção de 2013 em comparação com 2012 tornou-se mais provável", diz o Bradesco.
Em agosto, a Petrobras informou que quatro novos sistemas definitivos iniciariam a produção até o final do ano: P-63, P-58, P-55 e P-61.
A venda de ativos que a Petrobras acelerou nos últimos meses não deve ser incorporada já neste balanço financeiro, pois ainda está sujeita a aprovação do órgão antitruste brasileiro, cita em relatório o Itaú BBA.
A empresa anunciou em meados de agosto a venda de 2,1 bilhões de dólares em ativos, como parte do seu programa de desinvestimentos. Também informou em setembro ao mercado a venda de blocos de petróleo e oleodutos na Colômbia, por 380 milhões de dólares.
Rio de Janeiro - A lucro da Petrobras no terceiro trimestre deve ficar estável em relação a um ano antes, diante de um aumento na receita de vendas neutralizado pela desafasagem entre preços domésticos e internacionais.
O esperado crescimento da produção só deve começar a ocorrer efetivamente nos últimos três meses do ano, postergando maiores ganhos da petroleira.
Pesquisa da Reuters com sete projeções de analistas de mercado aponta para lucro líquido de 5,5 bilhões de reais no terceiro trimestre, em média, ante um resultado de 5,56 bilhões de reais no mesmo período do ano passado.
"Prevemos um aumento nas receitas acompanhado por compressão das margens, principalmente devido ao 'gap' nos preços dos combustíveis", diz relatório do Bradesco assinado pelos analistas Auro Rozenbaum, Carlos Firetti e Marcos Dong.
A média de projeções calculada pela Reuters indica um aumento da ordem de 6,6 por cento da receita com vendas da Petrobras, em meio à alta de 7 por cento no preço do petróleo no trimestre.
Mas a manutenção dos preços do diesel e da gasolina no mercado interno no terceiro trimestre, diante de uma alta no exterior e com dólar mais forte, afetou a petroleira, que importa combustíveis para atender a demanda.
"Estamos esperando piores resultados operacionais, impactados pela produção permanecendo baixa e o fraco desempenho do segmento downstream, como resultado dos custos de importação dada a valorização do dólar", avaliam os analistas Leonardo Alves e Tiago Costa, da Votorantim Corretora.
O impacto do dólar mais forte no resultado da companhia, especialmente na dívida, poderá ser diluído por uma nova contabilidade que a petroleira iniciou no segundo trimestre.
O lucro líquido da petroleira no segundo trimestre superou as expectativas do mercado com uma mudança contábil para reduzir o efeito da alta do dólar no endividamento.
Produção
As exportações da estatal, porém, estão cada vez mais modestas, devido à maior necessidade de refino com o crescimento da demanda por derivados. Os esforços para produzir mais combustíveis e reduzir ao máximo a necessidade de importações de derivados demandam mais petróleo da estatal.
Os bancos de investimento apostam em pequeno atraso no cronograma para novos sistemas, com leve queda na produção em relação a um ano antes.
"A possibilidade de um pequeno declínio na produção de 2013 em comparação com 2012 tornou-se mais provável", diz o Bradesco.
Em agosto, a Petrobras informou que quatro novos sistemas definitivos iniciariam a produção até o final do ano: P-63, P-58, P-55 e P-61.
A venda de ativos que a Petrobras acelerou nos últimos meses não deve ser incorporada já neste balanço financeiro, pois ainda está sujeita a aprovação do órgão antitruste brasileiro, cita em relatório o Itaú BBA.
A empresa anunciou em meados de agosto a venda de 2,1 bilhões de dólares em ativos, como parte do seu programa de desinvestimentos. Também informou em setembro ao mercado a venda de blocos de petróleo e oleodutos na Colômbia, por 380 milhões de dólares.