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Lucro da Petrobras é o maior entre empresas brasileiras

Apesar da queda de 16%, estatal somou lucro de R$ 9,2 bilhões e lidera ranking dos maiores ganhos no primeiro trimestre

Operário verifica petróleo na cidade de Angra dos Reis em plataforma do Campo de Lula, a cerca de 300 km da costa do Rio de Janeiro (Sergio Moraes/Reuters)

Operário verifica petróleo na cidade de Angra dos Reis em plataforma do Campo de Lula, a cerca de 300 km da costa do Rio de Janeiro (Sergio Moraes/Reuters)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 15 de maio de 2012 às 20h36.

São Paulo – Nem mesmo a queda de 16% no lucro foi capaz de atrapalhar a liderança da Petrobras no ranking dos maiores ganhos das companhias brasileiras no primeiro trimestre do ano. Segundo dados da Economática, a estatal ocupa o primeiro lugar no pódio, com lucro líquido de 9,2 bilhões de reais no período.

O segundo lugar é ocupado pela mineradora Vale, que no primeiro trimestre do ano somou lucro de 6,7 bilhões de reais seguido por Itaú Unibanco, com 3,4 bilhões de reais no período.

O lucro da Petrobras em relação ao último trimestre do ano passado cresceu 82%. O resultado, segundo Almir Barbassa, diretor financeiro da estatal, foi alcançado graças à combinação de maior volume de vendas somada a um menor custos de produção.

No primeiro trimestre, a receita com vendas da companhia totalizou 66 bilhões de reais, alta de 22%na comparação com o mesmo período do ano passado e 1% em relação ao último trimestre de 2011.

“Atingimos o patamar de produção de 273.000 barris de petróleo por dia, um acréscimo de 22.000 barris no decorrer de um ano”, afirmou Barbassa, em coletiva com a imprensa, nesta terça-feira.  

Segundo ele, o aumento da demanda por gasolina no mercado interno, que cresceu 24% no período, foi positivo para a companhia. “O aumento da demanda nos levou a uma maior otimização em favor da produção de gasolina e diesel. Esses foram os produtos que mais cresceram”, disse o executivo.

Resultados esperados

Os resultados apresentados pela Petrobras estão em linha com os números que eram aguardados pelo mercado. No geral, o que se esperava era uma melhoria sobre o último trimestre do ano, mas piores na comparação com o mesmo período de 2011.

“O aumento das importações de gasolina e outros derivados de petróleo, por conta da  demanda maior no mercado interno, e os preços praticados pela Petrobras, que não sofreram nenhum reajuste no período, foram os principais entraves que devem impactar negativamente os resultados”, afirmou Lucas Brendler, analista da Geração Futuro.

Apesar dos entraves, a companhia conseguiu atingir ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 16,5 bilhões de reais,  4% maior na comparação com o mesmo período do ano anterior.

A produção de petróleo cresceu 2% em relação ao primeiro trimestre do ano passado, atingindo 2,7 bilhões de barris dia. "As maiores contribuições vieram dos campos  P56, P57, campo de Lula e Jubarte" afirmou Barbassa.    

Os investimentos também apresentaram alta de 14% na comparação com o mesmo período de 2011 e totalizaram 18 bilhões de reais, mais de 50% desse montante foi destinado para exploração e produção da companhia.

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