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Lucro da Cimpor até setembro cai, mas supera previsões

Cimenteira portuguesas culpou aumento de impostos pela queda; no Brasil faturamento subiu 45%

A Cimpor tem entre seus sócios a Camargo Corrêa e a Votorantim (Divulgação/EXAME)
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Da Redação

Publicado em 30 de março de 2012 às 18h57.

Lisboa - O lucro líquido da Cimpor --cimenteira portuguesa que tem Votorantim e Camargo Corrêa entre os sócios-- caiu 4,1 por cento nos primeiros nove meses de 2010, devido a um "substancial aumento de impostos", mas ficou acima da média prevista por analistas.

A líder dos cimentos em Portugal registrou, entre janeiro e setembro, lucro de 170,5 milhões de euros, acima dos 166,8 milhões de euros esperados pelos analistas.

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A Cimpor disse, em comunicado, que a redução do lucro foi decorrente de "substancial aumento de impostos, como se pode verificar pelo crescimento de 1,8 por cento dos resultados antes de impostos".

A receita da empresa subiu 6,7 por cento de janeiro a setembro, para 1,68 bilhão de euros, em linha com as previsões dos analistas. O volume de vendas de cimento e clínquer cresceu 3,9 por cento, para 21,3 milhões de toneladas.

O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) subiu 4 por cento no ano até setembro, para 475,1 milhões de euros, acima dos 470,9 milhões de euros estimados. No mesmo período, a margem Ebitda caiu para 28,3 por cento, de 29 por cento um ano antes.

A cimenteira destacou o forte desempenho do mercado brasileiro, cujo faturamento cresceu 45 por cento de janeiro a setembro, para 445,2 milhões de euros, seguido da Turquia, com avanço das vendas de 37,9 por cento, para 110,5 milhões de euros.

Em Portugal e na Espanha, a receita caiu, respectivamente, 0,3 e 15,7 por cento, para 343,3 milhões e 213,2 milhões de euros.

No terceiro trimestre apenas, a cimenteira teve alta do lucro de 1,5 por cento, para 71,8 milhões de euros, com crescimento da receita de 7,5 por cento, para 593,3 milhões de euros, e Ebitda 10,9 por cento maior, a 176,4 milhões de euros.

A Cimpor foi alvo de intensa disputa por três grupos brasileiros entre o final do ano passado e início de 2010.

A Votorantim --maior cimenteira do Brasil com dois quintos do mercado-- assegurou fatia de 21,2 por cento no capital da Cimpor por meio de acordos fechados diretamente com acionistas da empresa, com pagamento em ativos pela maior parte das ações.

A Camargo Corrêa, por sua vez, adquiriu participação de cerca de 31 por cento na Cimpor.

Antes dos movimentos de Votorantim e Camargo Corrêa, a CSN fracassou na tentativa de assumir o controle da cimenteira portuguesa, após uma oferta hostil de compra.

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