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Lucro da BP avança, sanções contra Rússia podem tem impacto

Novas sanções do Ocidente contra a Rússia podem afetar seu negócio no país e seu relacionamento com a petroleira estatal russa Rosneft

BP: lucro recorrente de custos de reposição avançou para US$3,6 bi, alta de 36% contra um ano antes (Chris Ratcliffe/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2014 às 08h31.

Londres - A produtora de petróleo e gás BP divulgou um avanço acentuado no lucro do segundo trimestre nesta terça-feira, mas alertou que novas sanções do Ocidente contra a Rússia podem afetar seu negócio no país e seu relacionamento com a petroleira estatal russa Rosneft.

A BP disse que, até o momento, as sanções não tiveram um efeito significativo sobre seus negócios na Rússia, de onde vem cerca de um terço de sua produção de petróleo bruto, mas isso pode mudar.

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"Se novas sanções internacionais forem impostas contra a Rosneft, contra a Rússia ou indivíduos e entidades russas, isso pode ter um impacto material adverso na nossa relação e nosso investimento na Rosneft, em nossos negócios e objetivos estratégicos na Rússia e em nossa posição financeira e no resultado das operações", disse.

Desde a intervenção de Moscou na Ucrânia, onde rebeldes pró-Rússia estão combatendo forças governamentais no leste do país, a BP, a maior investidora estrangeira na Rússia por meio de sua fatia de 19,75 por cento na estatal Rosneft, vem repetindo que defenderá seus investimentos na Rússia.

No segundo trimestre, a BP disse que o lucro recorrente de custos de reposição avançou para 3,6 bilhões de dólares, alta de 36 por cento contra um ano antes, superando a previsão de analistas de 3,49 bilhões de dólares.

Sua fatia de lucro da Rosneft atingiu 1 bilhão de dólares no trimestre, quase cinco vezes mais que um ano antes, como resultado de "efeitos favoráveis do câmbio" com a moeda russa, o rublo. A empresa também recebeu dividendo anual de 690 milhões de dólares da Rosneft nas duas últimas semanas.

"Foi outro trimestre bem sucedido, com a entrega tanto de progresso operacional como de fluxo de caixa robusto", disse o presidente-executivo da BP, Bob Dudley, que também faz parte do Conselho da Rosneft.

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