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Lucro da Alpargatas fica estável afetado por despesas

Companhia foi impactada por aumento de despesas e pelo recuo na venda das sandálias Havaianas, sua principal marca


	Havaianas: Alpargatas teve lucro líquido de 74,5 milhões de reais, alta de 0,5 por cento na comparação anual
 (Astrid Stawiarz/Getty Images for Marie Claire)

Havaianas: Alpargatas teve lucro líquido de 74,5 milhões de reais, alta de 0,5 por cento na comparação anual (Astrid Stawiarz/Getty Images for Marie Claire)

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Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2013 às 21h12.

São Paulo - A Alpargatas teve lucro trimestral praticamente estável ante mesmo período de 2012, impactada por aumento de despesas e pelo recuo na venda das sandálias Havaianas, sua principal marca.

De julho a setembro, a empresa teve lucro líquido de 74,5 milhões de reais, alta de 0,5 por cento na comparação anual.

No trimestre, a receita líquida avançou 8,9 por cento na comparação anual, a 865 milhões de reais, em ritmo mais lento que o aumento das despesas operacionais, que cresceram 22,2 por cento, a 287,8 milhões de reais.

Em entrevista à Reuters, o presidente da companhia, Márcio Utsch, atribuiu a subida dos custos à concentração de gastos em seis projetos estratégicos, voltados à áreas como tecnologia da informação, logística e estudo de marca. Ele admitiu que o cenário é mais desafiador em 2013, com o consumidor gastando menos que no ano passado.

O aumento da receita líquida ocorreu a despeito da queda de 5,6 por cento no volume de vendas no Brasil, maior mercado da Alpargatas. No período, foram comercializados 53,6 milhões de unidades de calçados, roupas e acessários.

A Alpargatas atribuiu o fato ao aumento do volume de calçados esportivos, que possuem valor mais alto, e à elevação no preço médio tanto nessa categoria quanto em sandálias, ocasionado pela procura por produtos mais caros.

Principal marca da empresa, a Havaianas viu o volume de vendas recuar 4,9 por cento no país, quando os modelos mais sofisticados passaram a responder por 53 por cento dos pares vendidos, ante 45 por cento no mesmo trimestre de 2012.

Segundo o diretor financeiro da Alpargatas, José Roberto Lettiere, a queda no volume de Havaianas refletiu dificuldade em atender a demanda, já que a fábrica em Campina Grande (PB) teve a capacidade reduzida em função da procura por sandálias mais caras, que consomem mais horas de fabricação.

Com a entrada em operação da nova fábrica em Montes Claros, disse Lettiere, deverá haver crescimento do volume no mercado interno e normalização do atendimento. A unidade ampliará a capacidade produtiva da Havaianas em 40 por cento ao ano.

Apesar do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia ter avançado 1,4 por cento no trimestre, a 104,7 milhões de reais, a margem Ebitda recuou 0,9 ponto percentual, para 12,1 por cento.

A Alpargatas fechou setembro com 412 lojas no Brasil, sendo 305 de Havaianas, 17 de Timberland, 21 de Meggashop e 69 da grife Osklen. À Reuters, o presidente da empresa disse que segue estudando oportunidades de aquisições.

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