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Lojas especializadas em vitrolas ressurgem com busca por LPs

A volta dos LPs anima colecionadores, alimenta a onda retrô e ajuda no faturamento de pequenas empresas especializadas na venda de vitrolas

Toca-disco: em novembro, o e-commerce promoveu o mês da vitrola e registrou aumento de 53% das vendas (Michelle Hawkins-Thiel/Wikimedia)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2014 às 09h17.

São Paulo - Os discos de vinil hoje não são encontrados apenas em sebos. A volta dos LPs anima colecionadores, alimenta a onda retrô e ajuda no faturamento de pequenas empresas especializadas na venda de vitrolas. É o caso da Catodi Casa dos Toca-Discos e da loja virtual Trapemix.

Localizada no centro de São Paulo, a Catodi existe desde 1957. O interesse pelos aparelhos voltou a aumentar a partir de 2009, com a popularização da tecnologia USB e a conversão de músicas para o formato digital, o que diminuiu a qualidade das reproduções para os mais atentos.

"Isso deu um gás inacreditável, acho que nem os fabricantes imaginaram que o retorno poderia ser o estrondo que foi", diz Luiz Peres, que assumiu o negócio criado pelo pai e hoje vende entre até 250 aparelhos por mês.

A loja comercializa desde uma vitrola de R$ 600 até toca-discos de R$ 7,5 mil. Mas pelo menos metade do faturamento mensal, de R$ 280 mil, vem das agulhas de reposição. A variedade é enorme e o preço varia de R$ 10 a R$ 300.

"Não estamos nem arranhando esse mercado se analisarmos o segmento norte-americano e europeu. Só trabalhamos aqui com produtos mais básicos. Têm aparelhos na faixa de US$ 20 mil. Não trazemos porque não tem mercado, é muito caro e não tem manutenção", explica Peres.

O empresário mantém dois sites, o Catodi e o Casa dos Toca-Discos, que representam 28% de seu faturamento. "Temos histórias interessantíssimas, de senhoras que lembram do passado. Há pessoas que trazem os discos para testar antes de comprar o aparelho. Acontece de tudo", conta.

Já os irmãos Eduardo e Everton Leite criaram o site Trapemix, em 2009, para vender produtos eletrônicos e de informática. Mas o volume de vendas das vitrolas chamou tanto a atenção que eles resolveram focar nos produtos retrô, com ênfase nos aparelhos musicais.

Para 2015, a dupla pretende investir em uma loja física em São Paulo. "Muitos clientes têm curiosidade e pedem para ver o produto", conta Eduardo Leite.

Em novembro, o e-commerce promoveu o mês da vitrola e registrou aumento de 53% das vendas em comparação com o mesmo período do ano passado. "O site vem em uma crescente. Tem a questão do retrô voltar à moda e a vitrola acompanhou", afirma.

Mercado

O professor do Programa de Capacitação da Empresa em Desenvolvimento (ProCED) da FIA, Edson Barbero, acredita no potencial da onda retrô.

"O consumidor não quer apenas uma experiência tecnológica, ele valoriza também a estética e a experiência de resgatar imagens do passado. Novos lançamentos estão acontecendo dentro dos LPs", afirma.

Segundo Barber, para além dos aficionados em música, os aparelhos têm apelo decorativo. "A vitrola em si é bonita", justifica.

O ponto de atenção, destaca o especialista, é o planejamento para lidar com a cotação do dólar, já que os aparelhos vendidos são importados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Localizada no centro de São Paulo, a Catodi existe desde 1957. O interesse pelos aparelhos voltou a aumentar a partir de 2009, com a popularização da tecnologia USB e a conversão de músicas para o formato digital, o que diminuiu a qualidade das reproduções para os mais atentos.

"Isso deu um gás inacreditável, acho que nem os fabricantes imaginaram que o retorno poderia ser o estrondo que foi", diz Luiz Peres, que assumiu o negócio criado pelo pai e hoje vende entre até 250 aparelhos por mês.

A loja comercializa desde uma vitrola de R$ 600 até toca-discos de R$ 7,5 mil. Mas pelo menos metade do faturamento mensal, de R$ 280 mil, vem das agulhas de reposição. A variedade é enorme e o preço varia de R$ 10 a R$ 300.

"Não estamos nem arranhando esse mercado se analisarmos o segmento norte-americano e europeu. Só trabalhamos aqui com produtos mais básicos. Têm aparelhos na faixa de US$ 20 mil. Não trazemos porque não tem mercado, é muito caro e não tem manutenção", explica Peres.

O empresário mantém dois sites, o Catodi e o Casa dos Toca-Discos, que representam 28% de seu faturamento. "Temos histórias interessantíssimas, de senhoras que lembram do passado. Há pessoas que trazem os discos para testar antes de comprar o aparelho. Acontece de tudo", conta.

Já os irmãos Eduardo e Everton Leite criaram o site Trapemix, em 2009, para vender produtos eletrônicos e de informática. Mas o volume de vendas das vitrolas chamou tanto a atenção que eles resolveram focar nos produtos retrô, com ênfase nos aparelhos musicais.

Para 2015, a dupla pretende investir em uma loja física em São Paulo. "Muitos clientes têm curiosidade e pedem para ver o produto", conta Eduardo Leite.

Em novembro, o e-commerce promoveu o mês da vitrola e registrou aumento de 53% das vendas em comparação com o mesmo período do ano passado. "O site vem em uma crescente. Tem a questão do retrô voltar à moda e a vitrola acompanhou", afirma.

Mercado

O professor do Programa de Capacitação da Empresa em Desenvolvimento (ProCED) da FIA, Edson Barbero, acredita no potencial da onda retrô.

"O consumidor não quer apenas uma experiência tecnológica, ele valoriza também a estética e a experiência de resgatar imagens do passado. Novos lançamentos estão acontecendo dentro dos LPs", afirma.

Segundo Barber, para além dos aficionados em música, os aparelhos têm apelo decorativo. "A vitrola em si é bonita", justifica.

O ponto de atenção, destaca o especialista, é o planejamento para lidar com a cotação do dólar, já que os aparelhos vendidos são importados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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