Livraria Cultura consegue aprovar plano de recuperação judicial
Aprovação não foi unânime, mas a rede de Pedro Herz ganhou mais um voto de confiança
Estadão Conteúdo
Publicado em 13 de abril de 2019 às 09h06.
Os credores da Livraria Cultura aprovaram, no fim da tarde desta sexta-feira, 12, o plano de recuperação judicial da empresa. A aprovação não foi unânime, mas a rede de Pedro Herz ganhou mais um voto de confiança e a chance de tentar se reerguer e pagar sua dívida de R$ 285 milhões.
A Cultura pretende quitar sua dívida em 2033.
Ela dividiu seus credores em várias categorias, oferecendo melhores condições àqueles que não interromperam o fornecimento quando os pagamentos foram atrasados e depois suspensos e àqueles que voltarão a dar crédito à livraria.
Quem deixou de fornecer no período mais crítico da crise da Livraria Cultura só receberá 30% do valor devido, em parcelas a perder de vista.
Aqueles que estão vendendo para a Cultura desde 1º de dezembro de 2018 e continuarem até 60 dias da homologação do plano de recuperação judicial sofrerão deságio de 25% e receberão o restante em 48 parcelas trimestrais, que começarão a ser pagas 2 anos depois da homologação.
Já os credores que não interromperam o fornecimento após a data do pedido de recuperação judicial e se comprometem a manter o fornecimento de novos produtos em condições adequadas de mercado não vão sofrer deságio, mas também vão receber em 48 parcelas trimestrais daqui a dois anos.