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Leilão de venda da Varig é antecipado para junho

Falta de capital para manter operações da empresa levou a Anac a apressar a convocação

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.

 O leilão de venda da Varig será antecipado e deve acontecer em junho, informou a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A previsão é de que o edital de convocação seja publicado na próxima semana. A decisão foi tomada durante uma reunião com o juiz Luiz Roberto Ayoub, responsável pelo processo.
 
 
De acordo com a Anac, a venda da empresa teve de ser apressada porque a aérea não teve sucesso em conseguir um "empréstimo-ponte" do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e com isso não terá condições financeiras de manter as operações até julho, quando o leilão seria realizado. A dívida total da companhia é estimada em 7 bilhões de reais.  Três interessados apresentaram propostas, mas nenhuma foi aceita pelo banco por não oferecer as garantias exigidas - uma carta-fiança no valor de 250 milhões de dólares. Os candidatos eram a organização Trabalhadores do Grupo Varig (TGV), que ofereceu parte dos salários dos funcionários como garantia do crédito - os salários comporiam um fundo de investimento -, o banco BRJ, especializado em crédito imobiliário; e um fundo de investimento paulista. 
 
Pelo empréstimo-ponte, o BNDES liberaria até 167 milhões de dólares a um investidor interessado em injetar recursos na Varig. O dinheiro seria usado como capital de giro para manter as atividades da companhia até que o leilão fosse realizado. A possibilidade de venda antecipada dos ativos, caso o empréstimo não fosse aprovado, já havia sido levantada pela organização Trabalhadores do Grupo Varig (TGV). Na época em que as propostas estavam em análise, a TGV criticou as exigência so BNDES e afirmou que, sem os recursos do banco estatal, a única opção seria vender os ativos antes mesmo da data prevista para o leilão, aprovado pela assembléia de credores da Varig no início de maio.
 
Sem o dinheiro do BNDES, a Varig conseguiu um novo fôlego ao fechar, nesta semana, um acordo com a BR Distribuidora para continuar recebendo combustível para suas aeronaves. A companhia aérea acumula uma dívida de 58 milhões de reais com a empresa, contados até o início da recuperação judicial. Desde então, a empresa só recebe combustível mediante pagamento à vista. Outra pressão são as companhias de leasing, que ameaçam retomar as aeronaves por falta de pagamento.

 
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