Leilão da Cesp está previsto para setembro, dizem fontes
O governo paulista possui 40,5% do capital da Cesp, com 95% das ações ordinárias, com direito a voto
Reuters
Publicado em 8 de junho de 2017 às 16h20.
São Paulo - O leilão que o governo do Estado de São Paulo prepara para vender sua participação na elétrica Cesp , na qual é controlador, está previsto para acontecer em setembro deste ano, disseram à Reuters duas fontes com conhecimento do assunto.
O governo paulista possui 40,5 por cento do capital da Cesp, com 95 por cento das ações ordinárias, com direito a voto. A companhia opera três hidrelétricas em São Paulo que somam 1,65 gigawatts em capacidade instalada.
Se vender toda sua participação, o governo paulista poderia levantar algo próximo de 2 bilhões de reais, considerando os valores atuais das ações ordinárias e preferenciais.
Segundo uma das fontes, que falou sob anonimato porque as discussões não são públicas, estão sendo fechados os últimos detalhes para a venda do controle da companhia, e a data de setembro tem sido considerada "possível e conveniente" pelas partes envolvidas.
O Estado de São Paulo já havia avaliado uma possível venda de sua fatia na Cesp em outras ocasiões, mas não levou o plano adiante devido à incerteza sobre a renovação de contratos de concessão de três usinas da companhia.
Após a devolução dos ativos à União, o governo paulista voltou a avaliar em meados do ano passado a privatização da Cesp com as concessões que ela ainda detém.
Depois de a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo admitir em julho de 2016 que levaria adiante o processo para a privatização, as ações da Cesp dispararam.
No dia da fala sobre a venda, os papéis da companhia saltaram quase 15 por cento.
Desde o aceno sobre a possibilidade de venda do controle, as ações da Cesp acumulam valorização de 35 por cento.
Procurada, a Secretaria de Energia do Estado de São Paulo afirmou que não divulga informações relativas ao processo de venda do controle acionário da Cesp, por contrato confidencialidade.
A Cesp afirmou que não vai comentar o assunto pelo mesmo motivo.