Klabin foca em exportação e vê crescimento via aquisições
P|ara diretor, retração da economia amplia o estresse financeiro sobre companhias menores, aumentando as chances de consolidação no setor de papel
Da Redação
Publicado em 24 de julho de 2015 às 13h51.
São Paulo - A fabricante de papel para embalagens Klabin deve ampliar a fatia de exportações no volume total de vendas nos próximos trimestres, num momento de mercado interno em retração, afirmou o diretor geral da companhia, Fabio Schvartsman.
O executivo também afirmou, em teleconferência com analistas, que, com o mercado interno decrescente, "não existe outra oportunidade de crescimento que não seja via aquisição".
Mas ele ressaltou que a empresa prefere esperar o término da construção e o início de produção de sua primeira fábrica de celulose, conhecida como Projeto Puma, para avaliar eventuais oportunidades de compras de ativos.
A expectativa é que a fábrica fique pronta em março do próximo ano, quando a Klabin deve atingir o pico de endividamento em dólares na relação dívida líquida sobre Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 4,5 vezes, ante 3,8 vezes no final de junho.
"Depois do Puma funcionando, quando a Klabin atingir um novo padrão de geração de caixa, a amplitude das ações que a empresa poderá tomar aumentará e olharemos mais oportunidades de crescimento de nossas linhas de negócios, seja via compras ou novas máquinas", afirmou o executivo.
Para Schvartsman, a retração da economia amplia o estresse financeiro sobre companhias menores, aumentando as chances de consolidação no setor de papel, cenário que deve ser reforçado nos próximos trimestres, considerando que não deve haver "arrefecimento nenhum na crise, muito pelo contrário, a crise está provavelmente se aprofundando", afirmou. "É neste ambiente que estamos trabalhando nossa atuação no segundo semestre".
A Klabin fechou o segundo trimestre com participação de exportações no volume total de vendas de 32 por cento, ante 29 por cento no mesmo período de 2014. A expectativa é que esta fatia se amplie nos próximos trimestres, aproveitando também a desvalorização do real.
Schvartsman vê segmentos, como papelcartão, com desempenho melhor que outros, como papelão ondulado. O papelcartão é muito usado na embalagem de alimentos líquidos como leite, que segundo o executivo tem tendência de ter o consumo elevado em momentos de crise como substituição a outros produtos.
"Vejo demanda resiliente (em embalagens) para líquidos, principalmente no mercado doméstico", disse o executivo.
Em termos de custos, ele disse não esperar que a Klabin apresente aumento acima da inflação, apesar de ver pressões de custos com energia elétrica, produtos químicos, diante da valorização do dólar; e mão de obra em menor escala.
As units da companhia exibiam leve recuo de 0,05 por cento às 12h34, enquanto o Ibovespa cedia 1,84 por cento.
São Paulo - A fabricante de papel para embalagens Klabin deve ampliar a fatia de exportações no volume total de vendas nos próximos trimestres, num momento de mercado interno em retração, afirmou o diretor geral da companhia, Fabio Schvartsman.
O executivo também afirmou, em teleconferência com analistas, que, com o mercado interno decrescente, "não existe outra oportunidade de crescimento que não seja via aquisição".
Mas ele ressaltou que a empresa prefere esperar o término da construção e o início de produção de sua primeira fábrica de celulose, conhecida como Projeto Puma, para avaliar eventuais oportunidades de compras de ativos.
A expectativa é que a fábrica fique pronta em março do próximo ano, quando a Klabin deve atingir o pico de endividamento em dólares na relação dívida líquida sobre Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 4,5 vezes, ante 3,8 vezes no final de junho.
"Depois do Puma funcionando, quando a Klabin atingir um novo padrão de geração de caixa, a amplitude das ações que a empresa poderá tomar aumentará e olharemos mais oportunidades de crescimento de nossas linhas de negócios, seja via compras ou novas máquinas", afirmou o executivo.
Para Schvartsman, a retração da economia amplia o estresse financeiro sobre companhias menores, aumentando as chances de consolidação no setor de papel, cenário que deve ser reforçado nos próximos trimestres, considerando que não deve haver "arrefecimento nenhum na crise, muito pelo contrário, a crise está provavelmente se aprofundando", afirmou. "É neste ambiente que estamos trabalhando nossa atuação no segundo semestre".
A Klabin fechou o segundo trimestre com participação de exportações no volume total de vendas de 32 por cento, ante 29 por cento no mesmo período de 2014. A expectativa é que esta fatia se amplie nos próximos trimestres, aproveitando também a desvalorização do real.
Schvartsman vê segmentos, como papelcartão, com desempenho melhor que outros, como papelão ondulado. O papelcartão é muito usado na embalagem de alimentos líquidos como leite, que segundo o executivo tem tendência de ter o consumo elevado em momentos de crise como substituição a outros produtos.
"Vejo demanda resiliente (em embalagens) para líquidos, principalmente no mercado doméstico", disse o executivo.
Em termos de custos, ele disse não esperar que a Klabin apresente aumento acima da inflação, apesar de ver pressões de custos com energia elétrica, produtos químicos, diante da valorização do dólar; e mão de obra em menor escala.
As units da companhia exibiam leve recuo de 0,05 por cento às 12h34, enquanto o Ibovespa cedia 1,84 por cento.